Cirurgia plástica das mamas muito além da estética

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 15/12/2016 às 15:18
Foto: reprodução/internet
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Para muitas mulheres os seios são muito importantes para a identidade da mulher e sempre foram considerados pontos-chave na questão da feminilidade e sensualidade. Tendo isso em vista, dá pra entender por que  uma das cirurgias mais procuradas entre elas é a mamoplastia. A cirurgia evoluiu muito até o momento – no que se refere a técnicas e resultados – e pode ser realizada com objetivo de aumentar, diminuir ou até mesmo reconstruir os seios depois de procedimentos de retirada parcial ou completa.

Um dos tipos dessa cirurgia se dá quando a mulher pretende aumentar o tamanho dos seios e corrigir assimetrias. Para isso são posicionados os implantes mamários através de uma incisão que pode ser realizada no sulco da mama, na axila ou na borda inferior das aréolas.Outra versão da mamoplastia é a redutora, empregada em casos de mamas muito grandes que costumam prejudicar a mulher em tarefas simples como vestir roupas ou amamentar. “Além de atrapalhar as tarefas diárias, os seios muito grandes podem trazer problemas posturais e dores nas costas. Por isso a redução das mamas aumenta a qualidade de vida destas mulheres ”, explica Ana Carolina Campolina, médica formada em cirurgia plástica pela Escola Ivo Pitanguy, no Rio de Janeiro, e sócia da AVIVA Cirurgia Plástica, no Recife. Nesta cirurgia é retirado o excesso de gordura, tecido glandular e pele, para garantir um formato proporcional ao corpo da mulher.

Mulheres que tiveram de retirar parte das mamas também podem se beneficiar da mamoplastia, que nesse caso, pode ser realizada imediatamente após a retirada da lesão. Esta cirurgia tem como objetivo manter a simetria e recuperar a forma das mamas: “A reconstrução das mamas e a simetrização delas devem ser feitas o mais rapidamente possível afim de preservar a autoestima das mulheres acometidas pela doença.” comenta Campolina.

Após a cirurgia, os cuidados devem ser seguidos rigorosamente para uma adequada cicatrização e evitar possíveis sangramentos. Deve ser realizado um repouso relativo durante os primeiros 7 dias evitando realizar movimentos com os braços . O sutiã e os curativos não devem ser retirados sem autorização médica. “Além disso, para as cicatrizes da cirurgia não ficarem escuras, é necessário evitar exposição solar por 90 dias após a cirurgia.” – alerta a cirurgiã, que logo abaixo, responde algumas perguntas sobre o tema.

O resultado é imediato?

Imediatamente após a cirurgia já será possível ver diferença, mas a forma e o volume ainda não serão os definitivos. O resultado final se dá por volta do 6º mês pos-operatório.

Como escolher o tamanho dos implantes?

Este é um dos momentos mais importantes do processo. O médico, junto com o paciente, irá analisar fatores como a altura da paciente, o tamanho do tórax, a quantidade e qualidade de pele e de tecido mamário pré-existentes. Além disso é de extrema importância considerar a expectativa e desejo da paciente. Contudo opte, sempre que possível, por resultados naturais.

O pós-operatório é muito doloroso?

Normalmente não. Desde que o paciente siga as instruções médicas a cirurgia é muito bem tolerada. Por ser um sintoma muito subjetivo, é possível sentir um pouco de dor, que é controlada por analgésicos receitados pelo médico.

Quanto tempo dura a cirurgia?

A inclusão de implantes demora cerca de 1 h, a mamoplastia de redutora demora cerca de 3 horas. Contudo o paciente fica mais tempo no Centro Cirúrgico pela preparação cirúrgica e pela a recuperação pós-anestésica.

Quanto tempo de internação?

Normalmente a alta é dada no dia seguinte da cirurgia.

Quem tem implante pode fazer os exames de diagnóstico de câncer de mama?O implante não prejudica o diagnostico do do câncer de mama. Todos os exames podem ser feitos normalmente.

Quem tem implante ou fez mamoplastia redutora pode amamentar?

Em nenhum dos dois casos existe prejuízo à amamentação. Amamentar envolve muitos fatores emocionais que devem ser bem acompanhados para o sucesso do aleitamento.

De quanto em quanto tempo é preciso trocar os implantes?

Os implantes antigos eram feitos de substâncias diferentes das que usamos atualmente, por isso, era recomendada a troca a cada 5 ou 10 anos. Porém, hoje em dia, os estudos científicos nos mostram que eles só precisam ser trocados se houver alguma queixa da paciente.

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