"Obrigada por reconhecer minha habilidade de continuar minha carreira por 34 anos lidando contra o sexismo e misoginia e bullying constante e abuso implacável", alfineta Madonna

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 10/12/2016 às 18:29
Madonna. Reprodução Instagram
Madonna. Reprodução Instagram

Sarcástica e posicionada em frente ao pedestal do microfone, Madonna discursou no Women in Music, da Billboard, na noite da última sexta-feira, dia 9. "Sempre me sinto melhor com algo duro entre minhas pernas", disse a Rainha do Pop. As informações são do Popline.

"Estou de frente de vocês como um capacho. Quero dizer, como uma entertainer feminina. Obrigada por reconhecer minha habilidade de continuar minha carreira por 34 anos lidando contra o sexismo e misoginia e bullying constante e abuso implacável", continuou após receber o prêmio de Mulher do Ano.

Ao longo deste ano, ela foi a artista feminina que mais arrecadou com a turnê Rebel Heart Tour, desbancando nomes como Adele e Beyoncé. Durante o discuso, Madonna ainda lembrou de quando se mudou para Nova York, no final da década de 70. "As pessoas morriam de AIDS. Não era seguro ser gay. Não era legal ser associada à comunidade gay. Era 1979 e Nova York era um lugar assustador. No meu primeiro ano, me apontaram uma arma, fui estuprada em um terraço com uma faca no meu pescoço e meu apartamento foi arrombado tantas vezes que eu desisti de trancar a porta", continuou.

Madonna no Women in Music. Foto: Reprodução/ Kevin Mazur/Getty Images for Billboard Magazine) Madonna no Women in Music. Foto: Reprodução/ Kevin Mazur/Getty Images for Billboard Magazine)

 

 

A musa ainda falou sobre o desafio de ser mulher na atualidade e no mercado fonográfico. "Se você é garota, tem que jogar o jogo. Você tem permissão para ser bonita, fofa e sexy, mas não se mostre muito esperta. Não dê sua opinião fora do que esperam de você. Você tem permissão para ser objeto dos homens e se vestir como uma vagabunda, mas não assuma a vagabunda em você. E não, repito, não compartilhe suas fantasias sexuais com o mundo. Seja o que os homens querem que você seja. E finalmente, não envelheça. Porque envelhecer é pecado. Você será criticada e difamada e definitivamente não tocará na rádio", desabafou.

O prêmio foi só uma forma de agradecimento. "Acho que a coisa mais controversa que eu já fiz é estar aqui este tempo todo. Tupac se foi. Prince se foi. Whitney se foi. Amy Winehouse se foi. David Bowie se foi, mas eu ainda estou aqui. Sou uma das sortudas e todos os dias eu conto minhas bênçãos. Não apenas às pessoas que me amam e me apoiam, mas aos que duvidaram e a todos que me mandaram pro inferno e disseram que eu não poderia, não faria e eu não deveria. Sua resistência me fez forte, me fez trabalhar mais, a lutadora que sou hoje. Me fez a mulher que sou hoje. Então, obrigada", finalizou.

 

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