Moda e inclusão: estilistas criam roupas para pessoas com deficiências

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 01/10/2016 às 10:00
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Há oito anos, a Secretaria do Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, em parceria com a Vicunha Têxtil, realiza o Concurso Moda Inclusiva. A iniciativa tem como proposta estimular jovens estilistas a pensar em soluções funcionais na moda, por meio do respeito à diversidade. Os dezoito finalistas da próxima edição abusaram da criatividade para elaborar looks divertidos e inovadores As criações serão apresentadas em desfile no dia 15 de outubro.

Há anos, o projeto cria um engajamento que gera frutos que vão muito além do próprio evento. Vencedor do VII Concurso Moda Inclusiva, o gaúcho Eligolande Furtado criou peças inspiradas nas Paralimpíadas do Rio 2016. Com ênfase na celebração das delegações, as criações eram repletas de funcionalidade, com bolsos com lapela conversível e cós pensado para firmar a carteira e zíperes descartáveis com encaixe facilitado. “Desde que venci o concurso, criei em Pelotas, no Rio Grande do Sul, um grupo de pesquisa em moda inclusiva que abrange diversas áreas para discutir a mobilidade”, conta Eligolande.

Para a oitava edição, a estilista colombiana Natsue Kiyama pensou nas pessoas que sofreram amputações dos membros inferiores para criar um look inspirado nas “Pilchas Gauchas”, indumentárias utilizadas pelos gaúchos colombianos, refletindo as tradições e raízes da região. “Busquei resolver problemas cotidianos que pessoas com amputação enfrentam ao se vestir, conferindo autonomia, segurança e conforto”, explica Kiyama.Além de fornecer os tecidos para a confecção dos looks dos finalistas e como prêmio aos três melhores colocados, a Vicunha Têxtil oferece ao grande vencedor um mês de estágio remunerado na empresa.

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