Diretor de "Dois filhos de Francisco" estreia série de suspense na Fox

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 12/06/2016 às 13:41
breno FOTO:

O cineasta Breno Silveira, diretor do filme Dois filhos de Francisco, vai estrear na televisão com uma série para o canal Fox. Batizada de 1 contra todos, a série estreia na sexta-feira, às 23h, , e no dia 20, na Fox, às 22h30m. Terá oito episódios, com roteiro de Breno, Thomas Stavros e Gustavo Lipsztein. Mas a segunda temporada já está confirmada. " Olha, acho que descobri o “Breaking bad” brasileiro ", disse Breno ao jornal O Globo.

Na trama, um homem contrata pessoas para fazer uma obra em seu apartamento. A obra fica um horror, e ele nunca mais encontra os responsáveis pelo serviço. Tempos depois, o apartamento é invadido pela polícia, que descobre grande quantidade de maconha escondida num teto falso. Sem conseguir se explicar, o homem é preso por tráfico. O protagonista, Cadu (vivido por Julio Andrade, o Gonzaguinha de “Gonzaga”), declara-se inocente, mas finge ser mesmo traficante para encarar a vida no presídio enquanto aguarda o julgamento. O que parece ficção aconteceu de verdade no interior de São Paulo. "É uma história surreal, mas, como a gente pode ver no Brasil agora, a realidade pode ser mais surpreendente do que a ficção", conta .

Julio Andrade vive o protagonista Julio Andrade vive o protagonista

Desde “2 filhos...”, que levou 5,3 milhões de espectadores ao cinema em 2005 para ver a história de Zezé Di Camargo & Luciano, tornando-se um dos dez campeões de bilheteria do cinema brasileiro, Breno ouve e coleciona casos para futuros projetos cinematográficos. Em 2012, ele levou às telas “Gonzaga — de pai pra filho” (2012), sobre a relação de Gonzagão e Gonzaguinha. E seguiu pensando que “assuntos importantes deveriam estar no cinema”. Até que um dia, comentou o caso do “traficante” com Zico Góes, diretor da Fox. Saiu de lá com o projeto aprovado para a televisão.

Começou para o cinema, só que hoje está muito complexo viabilizar cinema, em parte porque as pessoas só querem títulos comerciais, menos inteligentes, e parece que agora o cinema vai viver de “Batmans” e comédias. Ou então o filme é muito de nicho. Um filme médio com história boa você não encontra, comenta. Para o diretor, a indústria brasileira segue no ritmo da americana, que presencia a migração dos bons títulos e dos bons diretores do cinema para a TV. Seja na grade comum seja em serviços on demand.

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