#DiaDosNamorados: A prova de que o amor pode superar, sim, qualquer obstáculo

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 12/06/2016 às 12:13
casal FOTO:

Ela, apenas uma amiga da irmã dele. Ele, anos mais velho, chamou sua atenção. Uma festa foi mais do que suficiente para que os dois firmassem não só um namoro, como um compromisso daqueles que faz jus à frase "na saúde e na doença". Para celebrar o Dia dos Namorados de uma forma diferente, sem aquela boa e velha história "e foram felizes para sempre", o Social1 conversou com Camila Bandeira e Rodrigo Siqueira. Juntos, dia após dia, os dois provaram que o amor, a troca e o companheirismo podem sim superar qualquer coisa. Vem descobrir um pouco dessa história:

Após anos convivendo na casa de Rodrigo, de 32 anos, apenas como amiga da sua irmã, Camila, de 27 anos, começou a se interessar por ele. Em 2011 ficaram pela primeira vez. Três anos depois, durante uma viagem ao Rio de Janeiro, veio a surpresa: o pedido de casamento. Tudo foi bem esquematizado para surpreender. Rodrigo achava que Camila estava duvidando de algo e, justamente por isso, só entregou as alianças no último dia das férias, tudo para que ela nem imaginasse.

Pedido aceito. Agora noivos, a data de casamento já havia sido escolhida. Da viagem para a cerimônia só restavam oito meses e a loucura atrás de igreja, casa de festas, decoração e todas as mil coisas que todas as noivas querem, começava. Até que Rodrigo teve uma ideia: sair com Camila e os amigos para uma festa em Maria Farinha. Desse dia em diante, a vida dos dois seria virada de cabeça para baixo.

Só faltava uma semana para o casamento e tudo estava pronto para saudar o novo casal, até que, após uma brincadeira, tudo mudou. Rodrigo decidiu atravessar de Maria Farinha para Nova Cruz nadando. Pulou do pier, bateu com tudo nas pedras, fraturou duas vértebras, perdeu o movimento das pernas e passou a se locomover por meio de uma cadeira de rodas.

Hospitais, uma viagem para São Paulo e outra para Miami, substituíram a alegria do casamento que, por ironia do destino, não aconteceu. Em uma semana os dois já estavam nos grandes centros de tratamento para começar a recuperação. Em outubro de 2014, Camila decidiu largar tudo e ir atrás de Rodrigo, não importava o que fosse acontecer. Juntos, viajaram, choraram, comemoram cada avanço, até que... outra descoberta arrancou o sorriso que estava começando a aparecer.

No início de 2015, após acordar toda inchada, Camila fez exames e descobriu que só estava com 20% da capacidade do seu rim. Foi então que mais uma maratona de hospitais e médicos começou. Inicialmente, ela não precisaria fazer "diálise". Mas, com o passar do tempo, era a hora de entrar de cabeça nos tratamentos. Agora separados, já que Rodrigo permanecia em São Paulo e Camila no Recife, com a família, os dois continuaram juntos, mentalmente e amorosamente.

alianca Foto: Luiz Pessoa- Jc Imagem.

Quando decidiu que voltaria à cidade, em novembro de 2015, Rodrigo queria voltar a morar com o seu amor, mas aqui era diferente. "Para morar aqui tinha que casar", brincou Camila. O que seria um casamento para mil convidados, se transformou em uma cerimônia no civil, para parentes mais próximos. Daí por diante, só o futuro pode dizer. Agora, o plano dos dois é não planejar absolutamente nada. Viver um dia de cada vez. De janeiro de 2015 para cá, momento em que voltaram a morar juntos, Camila ainda espera por um transplante, enquanto Rodrigo segue firme na recuperação. Sonhos? ela ainda quer entrar como noiva, na igreja, já ele só quer que o "vodu" que alguém botou nos dois apenas vá embora.

O amor pode superar acidentes, doenças, viagens, desde que exista companheirismo, compaixão e troca. Que fique a lição nesse dia tão especial para muitos casais.

Imagem e edição: Luiz Pessoa

Últimas notícias