Seis locais para conhecer em Cusco

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 22/05/2016 às 17:14
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Por Mariana Araújo

Especial para o Social1

Cusco é conhecida como a Capital Latinoamericana da Cultura. Chegando-se lá, percebe-se o porquê. Museus, igrejas, templos incas, artesanatos. Tudo acessível para visitação. Nas ruas, parece às vezes que a cidade parou no tempo. Senhoras com trajes típicos carregam suas llhamas. Mas é apenas para fotos com os turistas. Os preços de restaurantes e hotéis são um pouco mais caros que Lima. Lembrando que a moeda local é o sol (s./). Confira o segundo roteiro sobre o Peru que o Social1 preparou.

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1. Machu Picchu

Cusco é o ponto de partida para o santuário de Machu Picchu. É o aeroporto mais próximo, para quem vem direto de Lima. Muitas pessoas que estão fazendo um mochilão pelo país chegam lá de ônibus, vindo de outras cidades. Embora seja a principal atração, deixe-a por último. Há outros sítios arqueológicos menores nos arredores de Cusco que simplesmente podem ficar sem graça diante da grandiosidade de Machu Picchu.

Para chegar lá, é preciso tomar um trem na cidade vizinha de Poroy. Na baixa estação, o trecho da ferrovia é fechado para manutenção e devido às chuvas. Neste caso, pega-se o trem em Ollantaytambo até Águas Calientes, também conhecido como Machu Picchu Pueblo. Outra opção é fazer o passeio do Vale Sagrado (falaremos mais adiante) e ficar lá para pegar o trem. O ingresso de Machu Picchu pode ser comprado em um escritório no Centro Histórico de Cusco. Custa s./ 130 (inteira) e s./ 70 (meia). Em Águas Calientes, há um ônibus que leva até a entrada do parque por US$ 24. Algumas pessoas fazem o trajeto de subida da montanha a pé. Há trilhas sinalizadas.

O local é simplesmente inacreditável. Quando você vê o tamanho da cidade e o trabalho que dá para chegar lá, questiona-se como os povos incas conseguiram erguer tudo aquilo há mais de mil anos. As subidas tornam-se um pouco cansativas porque muitos degraus são altos e Machu Picchu está a cerca de 2,5 mil metros de altitude. Mas se você pratica atividades físicas regularmente, poderá sofrer menos.

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2. Igrejas

Cusco tem algumas igrejas que são abertas à visitação. Na Plaza de Armas, há a Basílica de Cusco, construída com perdas retiradas de santurários incas. Aliás, boa parte das igrejas foram erguidas em cima dos templos sagrados para impor a religião católica aos locais. Ainda na Plaza de Armas, há o Templo da Companhia de Jesus. O convento La Merced, próximo à Plaza de Armas, é uma construção do século 16. Há, ainda, o Templo de Santo Domingo, erguido em cima do Templo Del Sol. Parte do gramado do templo inca está preservado.

3. Museus

No Centro de Turismo do governo, próximo à Plaza de Armas, você pode comprar o boleto turístico que dá acesso a diversas atrações, como sítios arquelógicos (exceto Machu Picchu) e museus. Custa s./ 130. Para estudantes, há uma limitação de idade de até 25 anos. Além dos museus que estão lá (que são bem parecidos), há ainda o Museu Inca, que conta a história do povo local. A entrada não está incluída e custa s./ 10.

Na Plaza San Francisco há guias que fazem um city tour a pé pela cidade, passando pelos principais pontos. Dura cerca de duas horas e não é cansativo, pois faz várias paradas. Geralmente, é feito em inglês, mas como os guias são locais, você também pode tirar dúvidas em espanhol.

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4. Sítios Arqueológicos

Ao redor de Cusco, estão vários sítios arqueológicos que podem ser visitados. Os mais próximos são Saqsayhuaman (a pronúncia assemelha-se com "sexy woman"), Q'enqo, Pukapukara e Tambomachay. Outra boa opção é o Vale Sagrado, que envolve as cidades de Chincero, Pisaq e Ollantaytambo. Os ingressos estão incluídos no boleto turístico.

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5. Moray + Salina de Maras

Um dos passeios oferecidos (veja como contratar mais abaixo) é a visita ao Sítio Arqueológico de Moray. São círculos escavados no chão que serviam como laboratórios agrícolas. Em cada degrau, uma cultura diferente para ver a melhor adaptação ao clima. E pensar que eles fazaim isso há 1.400 anos atrás! A entrada está incluída no boleto turístico.

Já a salina de Maras é feita a partir de uma única fonte de água salgada que nasce na montanha. O processo de produção do sal é feito por decantação e vaporação. O curioso é que é uma salina encravada na montanha. Nas lojinhas dá entrada, dá para comprar o sal produzido lá. A entrada é adicional, por s./ 10.

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6. Mercado de San Pedro

É um típico mercado municipal, onde se encontra de alimentos (cozidos e crus) a artesanato. Ótimo lugar para comprar presentes típicos da região, como xales, mantas, souvenirs. Os preços são mais em conta do que os praticados em lojas. E sempre vale a pena pechinchar.

Outras dicas de Cusco:

- Trem para Machu Picchu

Há duas empresas que fazem o trajeto - Ica Rail e Peru Rail. Os preços são parecidos e caros, visto o tamanho do trajeto. Ida e volta sai por cerca de US$ 120 por pessoa. Na baixa temporada, a Peru Rail faz uma promoção, comprando duas passagens pelo preço de uma. É possível achar valores a partir de US$ 59 para as duas pessoas, mas o trem sai às 5h. Em horários mais confortáveis, o preço vai subindo e chega até US$ 160 para duas pessoas. Ambas vendem antecipadamente pela internet e há pontos de venda também na cidade. Se você deixar para comprar lá, faça logo no primeiro dia, pois as passagens são concorridas.

- Montanhas

Além da cidade, você pode fazer caminhadas que levam o dia todo em Machu Picchu. São duas montanhas onde só se tem acesso com guias. O valor do ingresso é um pouco mais caro e há limite de visitantes por dia. Se você optar pela aventura, compre o ingresso com antecedência pela internet.

- Contrate um guia

Se você for por conta própria, há vários guias oferecendo o serviço na entrada do parque. É possível achar explicações em espanhol, inglês e português. Em espanhol, sai por cerca de s./20 por pessoa. A guia passa cerca de duas horas caminhando na área urbana de Machu Picchu. São dadas algumas explicações sobre as demais áreas, mas geralmente, você fica livre para explorar. Nada que uma negociação a mais não convença o guia a acompanhá-lo.

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- Aguas Calientes

O povoado que serve de base para a subida a Machu Picchu é minúsculo e agradável. Não há carros ou motos, todo o deslocamento é feito a pé. Há também restaurantes agradáveis. O rio que corta o local faz um barulho relaxante, ouvido de boa parte dos hostals. Para ir ao santuário, pode-se fazer um bate e volta de Cusco, chegando lá por volta das 10h. Mas muita gente prefere dormir em Aguas Calientes para subir a Machu Picchu bem cedo. Considere a ideia. Quando descer, a pedida é um banho para relaxar nas águas termais que nascem em uma montanha. As piscinas parecem sujas, mas na verdade é água de rio. O piso de cascalho ajuda a massagear os pés.

- Chá de Coca

Não se assuste, beba. Vai ajudar a amenizar o mal de altitude. Cusco fica a cerca de 3,5 mil metros de altitude. Em alguns pontos turísticos, chega-se a quase 4 mil metros. Os sintomas mais frequentes são dores de cabeça, enjoos, tonturas e cansaço. Lá, é amplamente vendido um remédio que promete amenizar os efeitos, composto por ácido acetil salicílico. Mas você pode usar remédios para esses sintomas que já esteja acostumado. Há também a opção de mascar a folha de coca. Farmácias e mercadinhos vendem balas açucaradas com a substância, mas o efeito é bem menor.

- Tours

Na cidade, há várias agências de turismo pequenas que oferecem passeios para as principais atrações. No mesmo ponto onde se compra o boleto turístico, é possível acessar uma lista com as agências certificadas.

- Hospedagem

A grande maioria das hospedagens em Cusco são hostals. São poucos os hotéis. A cidade é boa parte do ano fria. Por isso, certifique-se de que há calefação no quarto.

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