Cachaça: uma bebida 100% brasileira

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 22/11/2014 às 18:20
Foto: Reprodução/Internet
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Branquinha, malvada, perigosa, esquenta por dentro, água-benta, quebra-goela, tira-juízo. Esses são alguns dos vários apelidos da bebida brasileira que nasceu “com matéria-prima e braços nacionais, ainda que com alambiques lusos”, como dizia o folclorista Luís de Câmara Cascudo. Originária dos engenhos de açúcar dos tempos do Império, a bebida proveniente da fermentação do melaço da cana foi descoberta, provavelmente, pelos escravos.

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Séculos depois da criação da bebida, algumas marcas migraram da simplicidade para a sofisticação, com garrafas elaboradas, designs exclusivos e altos preços, semelhantes aos de vinhos e uísques renomados. Essa nova realidade, no entanto, não tirou a beleza e o sabor das cachaças tradicionais, destiladas nos alambiques particulares de antigas famílias. É o caso da Cachaçaria Carvalheira, que dispõe hoje, além da bebida de sabor tradicional, de opções raízes aromáticas, extra premium, e sabores como canela, limão, frutas e de jurubeba (Fika).

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No roteiro de bares e restaurantes da cidade, a cachaça nunca fica de fora - ainda mais com diversos drinques clássicos ganhando versões a partir de sua essência. De acordo com Ricardo Nascimento, barman do Pisco Lounge Bar, de tempos para cá, os clientes começaram a degustar a bebida como o vinho, valorizando os aromas e sabores. “Esse status veio na medida em que a cachaça deixou de ser encarada como um produto barato e de baixa qualidade", conta. O estabelecimento é um dos que apostam na bebida e dispõe de nomes tradicionais como as cachaças Busca Vida, Santa Dose, Germana e Leblon.

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