Intercâmbio para casais: além do aprendizado, viagem ajuda na aproximação

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 14/11/2014 às 8:12
Foto: reprodução/internet
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Abrir mão da rotina de trabalho ou estudos no Brasil e embarcar em um intercâmbio no exterior, convivendo com outras culturas e aprendendo um novo idioma. Esses são os principais motivos que levam à procura de cursos em outros países. O que antes, entretanto, era uma exclusividade de adolescentes e estudantes, atualmente é muito procurado também por pessoas com mais idade, famílias e casais. De acordo com a Associação Brasileira de Operadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), o mercado de intercâmbio e educação internacional está em crescimento no Brasil e tem a previsão de crescimento de 30% este ano, registrando um aumento de 15% no número de embarques.

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Diante deste cenário, uma nova modalidade apareceu neste segmento: o intercâmbio para casais, que surgiu de uma vertente do intercâmbio familiar, em que os pais viajavam com os filhos no período de férias para estudar, e caiu no gosto popular. "A intenção é aliar o momento especial do casal com aquela vontade sempre presente de dar um upgrade no currículo profissional. A maior procura do público é durante as férias, onde é possível aliar estudo e passeio", afirma Barbara Coelho, à frente da Wide Intercâmbio.

A empresária explica que este tipo de intercâmbio funciona como os convencionais, em que o nível do idioma não necessariamente precisa ser o mesmo, já que ambos passarão por uma prova de avaliação. "Nesta modalidade, o casal irá ficar na mesma acomodação, seja em casa de família ou residência estudantil. Além disso, cada um poderá optar por fazer um curso de idioma ou um curso profissionalizante", pontua.

No quesito planejamento, o ideal é que aconteça com pelo menos três meses de antecedência, porque existe a necessidade de visto em alguns países. Bárbara alerta, ainda, que ao pensar na escolha da cidade, é preciso avaliar itens, como por exemplo, cidade grande ou pequena, questões climáticas - frio, calor, neve e sol - e também a língua que se deseja aprender.

Dentre os lugares mais cotados, Bárbara destaca Malta, ideal para os casais que gostam de aventura e paisagens paradisíacas; Paris, por ser uma cidade romântica e oferecer vários roteiros culturais; e Nova Iorque, para quem quer mais diversão e entretenimento. Como a maior parte dos casais tenta conciliar o intercâmbio com as férias, os pacotes mais procurados são os de quatro semanas. "Acontece também de o casal dar uma pausa na carreira para estudar, mas o maior número é de pessoas buscando aperfeiçoamento nas férias", conta.

Ilha de Malta. Foto: reprodução Ilha de Malta

Entre os principais motivos do crescimento desta modalidade pode-se destacar a excelente relação custo-beneficio, de acordo com o destino e o curso, pois ter um acompanhante durante a viagem ajuda a economizar, reduzindo os gastos com acomodações e despesas diárias. A companhia também é um grande diferencial, já que o receio de viajar sozinho faz com que muita gente nem pense na possibilidade de fazer um curso no exterior. O upgrade no currículo e o autoconhecimento - afinal um intercâmbio a dois pode ser uma oportunidade para o casal se conhecer melhor, inserido numa rotina que mistura compromissos, estudo e diversão. "Um intercâmbio contribui não somente para a aprendizagem, mas também para o relacionamento humano, de respeito às diferenças culturais. Por isso, quando um casal decide fazer, eles estão dispostos a viver uma experiência cultural juntos. A convivência em outra cultura pode ajudar na aproximação, além de viverem uma experiência única, com conhecimento e aprendizagem", finaliza Bárbara.

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