Vice protagonista, Paulo Rubem promete mudar a imagem atribuída ao cargo

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 15/07/2014 às 6:00
Pai de três filhos ele foi ator de teatro, atividade que largou em virtude da militância política
Pai de três filhos ele foi ator de teatro, atividade que largou em virtude da militância política

Nesta terça e quarta o Social1 estreia uma série de entrevistas com os candidatos a vice. Foram escolhidos os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas. A primeira entrevista é com Paulo Rubem Santiago. Na quarta-feira é a vez de Raul Henry. Confira!

Por Bruna Serra

Fotos: Dayvison Nunes

Paulo Rubem Santiago (PDT) está no último dia de seus 58 anos. Amanhã comemora nova idade. Gosta de nadar, corre três vezes por semana e é um amante da cultura. Cumpre seu terceiro mandato de deputado federal, foi deputado estadual por dois mandatos e vereador do Recife. Pai de três filhos, ele é o candidato a vice governador na chapa encabeçada pelo ex-senador Armando Monteiro Neto, do PTB. Cheio de personalidade, garante que se chegar ao poder vai mudar a injustiça que a história reserva aos vices.

Paulo Rubem é o candidato a vice na chapa encabeçada por Armando Monteiro Paulo Rubem é o candidato a vice na chapa encabeçada por Armando Monteiro

Contrariando toda a discrição demandada para a função, Paulo Rubem tem se reunido diariamente com lideranças sindicais e movimentos sociais a fim de angariar sugestões para o programa de governo. “Eu não fui convidado para ser vice governador porque o PDT vai oferecer um minuto de televisão. Eu fui convidado primeiro por uma trajetória de luta partidária, de luta política com uma incidência forte nas áreas sociais. Isso trouxe para a composição da chapa a perspectiva de um vice protagonista, isso me foi pedido pelo próprio candidato a governador”, destaca logo de saída.

Paulo gosta de números e essa é a característica que partilha com o companheiro de chapa. Em todos os seus mandatos integrou comissões de Orçamento, Finanças e Tributação. “Sempre priorizei no parlamento participar de algumas comissões temáticas que são centrais no meu ponto de vista: Educação ou Educação e Cultura e Desenvolvimento Urbano (na Câmara federal), mas em todos os mandatos, integrei as comissões de Orçamento, Finanças e Tributação. Porque é vital para discutir qualquer política e desenvolvimento econômico, política de infraestrutura urbana, política de desenvolvimento ou seja, qualquer tipo de política governamental é fundamental você ter um domínio das questões de orçamento e das finanças, que por sua vez vão te levando a uma compreensão maior do aspecto econômico, macroeconômico das políticas de governo”, esclarece.

Pai de três filhos ele foi ator de teatro, atividade que largou em virtude da militância política Pai de três filhos ele foi ator de teatro, atividade que largou em virtude da militância política

Após dois casamentos e três filhos, Paulo Rubem se orgulha dos rebentos. Luisa tem 31 anos e é cirurgiã vascular em São Paulo. Mateus, 29 anos seguiu os passos do pai e formou-se em Artes Cênicas. Atualmente mora em São Paulo onde faz mestrado em teatro. E Victor, 7 anos que estuda na Escola Arco Íris.

Por formação familiar, a cultura e as artes sempre fizeram parte da sua família. O pai tocou clarinete numa banda no Rio de Janeiro. A mãe foi cantora no Ceará até 1942. Quando mudaram do Rio de Janeiro para o Recife ela fez parte do Teatro de Amadores de Pernambuco. “Inclusive tem lá no TAP, dela integrando o elenco de uma peça”. Ele por sua vez fez teatro no Recife. “Teatro de bonecos, teatro infantil e deixei o teatro por causa do movimento sindical. Fui dirigido por Leandro Filho, José Francisco. Na minha militância no PT, eu fui um dos quatro fundadores da primeira secretaria de cultura com Bete Mendes (atriz). A primeira proposta de lei de incentivo a cultura no Recife foi minha. Eu sou um dos quatro parlamentares que elaborou o plano nacional de cultura”, completa.

Paulo gosta de ler e é um cinéfilo Paulo gosta de ler e é um cinéfilo

Paulo Rubem protagonizou uma queda de braços com o PT, seu partido por 27 anos. Desde que externou publicamente suas críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou a viver divergências com o comando nacional. Reclamou da indicação do economista Henrique Meirelles para o Banco Central e fez duras críticas ao governo depois de levantado o caso da Ação Penal 470, o chamado Mensalão. A executiva nacional do PT entrou na Justiça para lhe tomar o mandato depois que ele decidiu filiar-se ao PDT. “Mas isso não cria problemas com o PT de Pernambuco porque não foram eles que reclamaram o meu mandato. O PT está na aliança e muito bem”, reforçou.

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