Fortaleza, 4 de julho: para ficar na memória da Copa

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 04/07/2014 às 23:17
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Se você imagina 24h de Carnaval, consegue ter uma ideia do que foi Fortaleza nesta sexta, dia 4 de julho. Música, alegria, animação, hino, muitos beijos, abraços e confraternização total. Mas antes de falar sobre o pós-jogo na Arena Castelão, vamos contar da odisseia de sair do Recife e pegar nove horas de carro até aqui. Eu disse no-ve!

AC040714018Saímos na quinta à tarde, na hora do almoço. Tentamos de todas as formas conseguir um voo. Via Recife, João Pessoa, Mossoró, Natal.. Nada. O jeito foi se “abraçar” com a velha e boa BR 101. E posso dizer: não foi ruim não.

Na quinta à noite, Fortaleza já respirava Copa do Mundo. Coisa bonita de se ver, de vivenciar, de cantar junto. O sentimento era de esperança. Carros passavam com bandeiras, o amarelo dominava as ruas... Até porque a Colômbia também tem um padrão parecidíssimo com a nossa Canarinho.

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A sexta começou cedo. Às 7h, fogos de artifícios acordaram os brasileiros. É hoje... A Fan Fest foi ponto de encontro de muitos. Por volta de meio-dia já tinha DJ para animar e gente. Muita gente, mas ninguém queria saber de ficar parado. Nas ruas, só camisa amarela. De ambos os lados.

Para chegar no estádio, ônibus faziam translados gratuitos para os torcedores. Tranquilo. Calmo. Sem maiores problemas.

Todos com pressa. Pressa para chegar cedo e ver o jogo da Alemanha x França. Na Arena Castelão,  muita festa, gente e calor. Muito calor. Para aplacar, cerveja, muita cerveja.

O estádio tinha pouco mais de 60 mil pessoas. Gritando o tempo todo. Cantando. Xingando. Vibrando. Justiça seja feita. Desta vez, deu orgulho. Ninguém se calou. Vários novos gritos de guerra surgiram. Uns impublicáveis, mas o importante é passar energia. E deu certo.

No apito final do juiz, o Castelão veio abaixo. “O campeão voltou!!!”, era o que mais se escutava.

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Ninguém queria ir embora. Todos queriam ficar mais um pouco. Aproveitar mais um pouco . Viver aqueles momentos – únicos e inesquecíveis – por mais um período. E, lógico, que todos devidamente registrados nos zilhóes de aparelhos celulares.

A volta para casa foi mais enfadonha do que a ida pela quantidade de gente. Fila era quilométrica, mas a animação e excitação da torcida compensavam qualquer espera. E todas as vezes em que passava um colombiano: ah, ah, ah, vai voltar para Bogotá“, pense num mantra...

Neste exato momento, às 22h40, há um barulho ensurdecedor nas ruas de Meireles, bairro em que se encontram vários hotéis e onde se localiza a Fan Fest daqui. Agora, por exemplo, o pessoal está cantando o Hino Nacional.

Com muito orgulho.

Com muito amor.

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