Brasil tem mais de 7 milhões de sites desprotegidos, diz estudo

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 08/08/2018 às 16:32
Foto: Pixabay
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Costuma navegar muito pela internet? Pois saiba que um estudo feito em junho deste ano pela BigData Corp encomendado pela Serasa Experian mostrou que o Brasil tem mais de 7,2 milhões de sites desprotegidos. Isso significa que pouco mais de 40% dos sites do país não são seguros.

Os sites pesquisados não possuem o certificado de segurança SSL – Secure Socket Layer. Ele é o responsável por atestar que o site visitado tem uma conexão segura e usa criptografia entre o servidor e os dados trafegados, evitando o roubo de dados durante uma transação.

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A pesquisa também mostra que no mesmo período de 2016 o percentual de sites desprotegidos era de 62,42%, portanto ainda maior. Mesmo que o Brasil tenha diminuído esse número com o passar dos anos, ele ainda é bastante alto, de acordo com os pesquisadores.

Divulgação / Serasa Experian

Outro dado apontado pelos estudiosos é que dos sites que possuem certificados de segurança, um quarto deles (24,97%) estão com as certificações expiradas e precisam de renovação. Ainda nos números de quem tem sites com certificação, cerca de 4 milhões de sites (34,07%) vão ter as licenças espiradas em até três meses.

O CEO da BigData Corp comenta que a falta de certificados digitais de segurança ou ainda a não renovação destes pode acabar afetando os negócios online.  “É bom lembrarmos que no restante do mundo, no entanto, em média, apenas 8,57% dos sites não possuem essa proteção. E a questão ganha uma relevância ainda maior no momento em que sites sem certificados de SSL são expostos pelo Google com avisos de “não seguros” e deixam de aparecer nos primeiros lugares nas buscas feitas no buscador”, comenta Thoran Rodrigues.

Divulgação / Serasa Experian

Alerta para os consumidores

Para quem consome fica a dica: é preciso sempre estar atento para que os dados não fiquem disponíveis para golpistas. "Para isso, basta verificar se há cadeado na barra de endereço, ou se há um “s” após o http (https), indicando segurança, além da identificação de “seguro” e “não seguro” dada por alguns navegadores”, ensina Maurício Balassiano, diretor de certificação digital da Serasa Experian.

Tanto Balassiano quanto Rodrigues afirmam que o certificado expirado é uma situação ainda mais crítica para as empresas. Isso porque quando um usuário tenta acessar o site, uma página vermelha de erro com um aviso informando que o endereço não é seguro aparece para ele, assustando o usuário. Logo, ter um certificado expirado é pior do que não ter a certificação.