Apple limita rastreamento dos usuários por sites e apps

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 05/06/2018 às 9:57
Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, durante a WWDC (AFP PHOTO / Josh Edelson)
Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, durante a WWDC (AFP PHOTO / Josh Edelson) FOTO: Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, durante a WWDC (AFP PHOTO / Josh Edelson)

A Apple anunciou nesta segunda-feira funções projetadas para evitar que aplicativos e sites rastreiem os usuários através de "cookies". Um dos atingidos pela nova função será a rede social Facebook, envolvida em um escândalo de dados pessoais.

"Acreditamos que seus dados privados devem continuar sendo privados", disse Craig Federighi, diretor da Apple responsável pelos sistemas operacionais, na conferência anual de desenvolvedores em San José, ao sul de San Francisco.

"Parece que (os cookies vinculados a)o botão de "Like" (...) pode ser utilizado para te rastrear (na internet)", disse. "Assim, neste ano lhe pusemos fim", acrescentou.

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Os "cookies" são pequenos blocos de informação trocadas entre o dispositivo do usuário e o site para que este último receba informação sobre sua frequência, o que permite seguir o usuário de um site para outro.

Por exemplo, se um usuário clicar no ícone "Like" do Facebook colocado abaixo de um conteúdo (notícia, anúncio) postado em um site qualquer, o Facebook recebe informação sobre o usuário que clicou.

Os novos sistemas operacionais da Apple, nos iPhones e nos computadores, tornarão mais difícil que os aplicativos e os sites recopilem a informação sobre os tipos de dispositivos utilizados pelos usuários.

"Será muito mais difícil para as empresas de dados identificar o seu dispositivo e rastreá-lo", disse Federighi.