Primeiro transplante de pênis e escroto é feito nos EUA

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 23/04/2018 às 16:14
Richard Redett, Trinity Bivalacqua, Brandacher Gerald, Arthur Bud Burnett e W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (AFP PHOTO / JOHNS HOPKINS MEDICINE / HANDOUT)
Richard Redett, Trinity Bivalacqua, Brandacher Gerald, Arthur Bud Burnett e W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (AFP PHOTO / JOHNS HOPKINS MEDICINE / HANDOUT) FOTO: Richard Redett, Trinity Bivalacqua, Brandacher Gerald, Arthur Bud Burnett e W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins (AFP PHOTO / JOHNS HOPKINS MEDICINE / HANDOUT)

Médicos na Universidade Johns Hopkins (JHU, na sigla em inglês) anunciaram nesta segunda-feira (23) a conclusão do primeiro transplante total de pênis e escroto em um militar que foi ferido no Afeganistão.

A cirurgia com 14 horas de duração foi feita em 26 de março por uma equipe de nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urologistas, disse a JHU em nota.

"Estamos otimistas que esse transplante vai ajudar a restabelecer as funções urinária e sexual próximo do normal para este jovem homem", disse W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva na Escola de Medicina da JHU.

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Todo o pênis, o escroto sem os testículos e parte da parede abdominal vieram de um doador falecido. O militar pediu anonimato, mas divulgou uma curta nota, dizendo que espera deixar o hospital na semana que vem.

"É um ferimento realmente incompreensível, não é fácil de aceitá-lo", disse. "Quando acordei, finalmente me senti mais normal", completou. A nota não descreveu como o paciente se feriu.

Transplantes penianos já haviam sido feitos, mas a soma do escroto representa um avanço adicional para a medicina.