Quero evitar problemas em eleições, entre elas no Brasil, diz Zuckerberg

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 11/04/2018 às 12:12
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, durante depoimento no Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)
O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, durante depoimento no Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP) FOTO: O fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, durante depoimento no Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

 Gabriel Bueno da Costa (Estadão Conteúdo)

O executivo-chefe (CEO) do Facebook, Mark Zuckerberg, reafirmou nesta quarta-feira, durante depoimento no Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que sua companhia não vende dados dos usuários.

Zuckerberg foi questionado pelo fato de a britânica Cambridge Analytica, que trabalhou na campanha à presidência de Donald Trump, ter acessado dados de dezenas de milhões de usuários da rede social. Ele também comentou que pretende atuar para evitar problemas de eventuais interferências indevidas em eleições neste ano, citando entre os exemplos a do Brasil.

O executivo afirmou que houve um erro no episódio da Cambridge Analytica e pediu desculpas. "Comecei o Facebook e no fim das contas ou o responsável", disse aos deputados. Segundo ele, a rede social tem trabalhado para apurar o que ocorreu exatamente e para evitar problemas do tipo. "Não fizemos o suficiente para evitar que nossas ferramentas fossem usadas para o mal", admitiu, prometendo melhorias.

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De acordo com Zuckerberg, será apurado o episódio e todos serão informados sobre a atuação da Cambridge Analytica. Ele afirmou que a empresa britânica obteve informações que em geral as pessoas tornam públicas na rede, como nomes e fotos. O CEO da rede social disse que outros aplicativos são avaliados, para se apurar problemas similares.

O executivo disse ainda que considera o Facebook uma "empresa de tecnologia", apesar de ter vínculos com outros negócios, como mídia ou serviços financeiros.