Gêmeos Winklevoss propõem regulamentação para criptomoedas

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 13/03/2018 às 16:43
AFP / Anthony WALLACE
AFP / Anthony WALLACE FOTO: AFP / Anthony WALLACE

Os irmãos gêmeos que fizeram uma fortuna com criptomoedas e alegaram terem tido a ideia do Facebook, venderam nesta terça-feira (13) um plano de regulamentar o mercado financeiro digital selvagem.

Um órgão de controle de moedas virtuais proposto por Cameron e Tyler Winklevoss foi bem recebido pelo membro da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos, Brian Quintenz.

"Acreditamos que uma camada adicional de supervisão nos mercados de moedas virtuais, sob a forma de auto-regulação, é importante para proteger o consumidor e garantir a integridade desses mercados", disse Cameron Winklevoss na publicação online.

Os irmãos, que estabeleceram e operam o câmbio de bitcoins Gemini, em Nova York, propuseram uma associação de commodities virtuais patrocinados pela indústria para estabelecer e policiar padrões de criptomoedas. Os gêmeos Winklevoss alegaram que a criação de um órgão regulador independente é o "próximo passo lógico na maturação desse mercado".

O governo britânico no início deste ano pediu a regulamentação global da controversa moeda virtual bitcoin, acrescentando que o G20 abordaria o tema neste mês. O bitcoin é independente de governos e bancos e usa uma tecnologia chamada "blockchain" para criptografar a criação de moedas em supercomputadores.

A moeda virtual não é regulamentada em qualquer banco central, mas em vez disso é supervisionada por uma comunidade de usuários que tentam evitar falsificações.

Os gêmeos fazem parte da controversa história de criação da rede social Facebook. Em 2008, acusaram Mark Zuckerberg de roubar sua ideia. O conflito é o centro da trama de "A Rede Social", filme de Aaron Sorkin, dirigido por David Fincher.