Caminhões sem motorista da Uber já operam nos EUA

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 07/03/2018 às 10:13
Uber/Gregory Murphy
Uber/Gregory Murphy FOTO: Uber/Gregory Murphy

A Uber anunciou nesta semana que seus caminhões autônomos já circulam nos Estados Unidos para transportar mercadorias em longas distâncias.

A plataforma de reserva de automóveis com motorista está no ramo de transporte de carga desde maio de 2017 com seu aplicativo Uber Freight, que permite aos usuários contratar motoristas de caminhões para levar produtos e pacotes.

Desde novembro, por meio de sua filial, Advanced Technologies Group, a Uber opera caminhões autônomos - sem motorista - nas estradas do Arizona, informou a empresa americana, sem especificar quantas viagens havia realizado ou quantos caminhões deste tipo estavam em circulação. A Uber tampouco especificou quais produtos eram transportados.

Um "operador" humano está presente no assento do motorista da cabine do caminhão, explicou a empresa, que atualmente limita essas viagens ao Arizona. A Uber Freight torna possível coordenar diferentes rotas. Especificamente, o caminhão autônomo é usado para transportar bens durante a parte mais longa do trajeto, na estrada. Depois, o caminhão sai da rota para chegar a uma área de transferência, onde o reboque se acopla a uma cabine de caminhão tradicional (com motorista), que efetua os últimos quilômetros até o ponto de entrega.

O grupo começou a testar os caminhões autônomos em 2016 e fez a primeira entrega no centro do Colorado em outubro daquele ano: o veículo percorreu cerca de 200 quilômetros e entregou 2.000 caixas de cerveja. Como a maioria dos grandes grupos de automóveis e muitas empresas de tecnologia, a Uber está trabalhando na condução autônoma, considerado o Santo Graal do transporte do futuro.

Para os seus partidários, a direção autônoma permite viagens mais longas, reduz o número de acidentes e aumenta as possibilidades de transporte em áreas isoladas. É particularmente relevante para plataformas como a Uber, ou sua principal concorrente nos Estados Unidos, a Lyft, porque eliminaria o custo do pagamento ao motorista, que representa a maior parte de suas despesas.