Girl gamer: evento do Porto Digital quer reunir mulheres desenvolvedoras de jogos eletrônicos

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 16/02/2018 às 11:18
Foto: Lilian Chen/Twitter
Foto: Lilian Chen/Twitter FOTO: Foto: Lilian Chen/Twitter

Ilustradoras, designers, artistas, produtoras de trilha sonora, programadoras e desenvolvedoras: estão todas convocadas para o Portomídia Game Jam das Minas - uma maratona de programação que durante três fins de semanas irá reunir mulheres para criarem novos jogos eletrônicos, trocar experiências e se fortalecerem luta contra preconceitos e por mais visibilidade.

O evento vai rolar no Apolo 235 e começa no dia 24/02, com um workshop sobre a ferramenta Unity. No fim de semana seguinte, entre os dias 2 e 4 de março, as participantes, já separadas em equipes, terão 48 horas seguidas para criarem, do zero, novos games.

O último encontro está marcado para o dia 10, um fim de semana após, quando será realizado o recap, momento de troca de experiências e apresentação dos resultados. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 19 deste mês.

“Vemos poucas mulheres na indústria de tecnologia e de jogos. O Unity é uma engine muito utilizada para o desenvolvimento de jogos digitais e é indispensável para o público esperado”, comenta a professora de programação e desenvolvimento de jogos Tatyane Calixto. Além dela, todo o grupo de mentoras da Game Jam será feminino.

A prioridade nas inscrições é das minas, mas os homens não estarão 100% de fora: os interessados podem se inscrever e ficar na lista de espera. Vale ressaltar que conhecimento prévio na área é importante, pois haverá um processo seletivo para a escolha dos participantes.

Para Clara Vasconcelos, coordenadora de qualificação em economia criativa do Porto Digital, a Game Jam das Minas é uma ação de empoderamento estratégica para o parque tecnológico. "O evento engaja as mulheres do setor e garante visibilidade para essas profissionais. Além disso, a Jam também serve para desmistificar uma área cuja aptidão é vista como essencialmente masculina. Não temos só minas jogando, tem minas fazendo jogos e a Game Jam é uma oportunidade de fazer negócios e fortalecer as carreiras delas".