Mais da metade do faturamento dos smartphones no mundo vão para a Apple

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 16/02/2018 às 10:24
Apple iPhone X. AFP PHOTO / Chris J Ratcliffe
Apple iPhone X. AFP PHOTO / Chris J Ratcliffe FOTO: Apple iPhone X. AFP PHOTO / Chris J Ratcliffe

No último trimestre de 2017, as vendas globais de smartphones atingiram o recorde histórico de US$ 120 bilhões - e mais da metade dessa receita (51%) foi para o bolso da Apple. Foi isso que a mais recente pesquisa da consultoria Strategy Analytics apontou em seu relatório.

"O faturamento global de smartphones cresceu 8% ao ano, com o ticket médio subindo 18% anualmente - de US$ 255 no quarto trimestre de 2016 para US$ 300 no mesmo período de  2017. O setor de telefones inteligentes conseguiu aumentar maciçamente seus preços e receitas, apesar da recente redução no volume de embarques", avaliou a diretora da consultoria, Linda Sui.

Os iPhones da Apple geraram US$ 61 bilhões no trimestre, ajudados pela sólida demanda por sua modelo X. Apple agora responde por mais receita do que o resto da indústria global de smartphones combinados e gerou três vezes mais receitas de smartphones do que seu rival mais próximo, a Samsung, e 7 vezes mais do que a Huawei, aponta o relatório.

"O preço de venda médio do iPhone está chegando a US$ 800 - quase três vezes maior do que a média geral da indústria. O iPhone é uma incrível máquina de fazer dinheiro", completou outro executivo da Strategy Analytics, Neil Mawston.

RIVAIS

A Samsung também cresceu em suas receitas globais de atacado: em 16% ao ano, atingindo US $ 19 bilhões no quarto trimestre de 2017. "A popularidade dos modelos premium Note 8 e Galaxy S8, bem como as vendas baixas de modelos low-end em seus principais mercados da Ásia, como a China, impulsionaram o crescimento", afirma Linda Sui.

O terceiro maior competidor no mercado atual, a Huawei, gerou US$ 8 bilhões de receitas no fim de 2017. O preço de venda médio por do smartphone da marca está em US$ 205, de longe, o preço mais baixo entre os três principais players de smartphones. "Se a Huawei quiser aumentar seus preços e receitas mundiais ainda maiores no futuro, a empresa precisará pegar markethare adicional no mercado dos Estados Unidos", avalia a Strategy Analytics.