Não foi só a maturidade e a moral que ganhou na indústria – com uma sequência incrível de filmes, apesar desse ser somente seu sexto longa – que permitiram que Edgar Wright lançasse Em Ritmo de Fuga mais de 20 anos depois da ideia original surgir. A tecnologia também evoluiu nesse período, ajudando na produção.
“A primeira vez que li o roteiro, Edgar me entregou um tablet com um aplicativo que tinha o texto de um lado e do outro uns ícones, que se clicados tocavam a música daquela cena”, conta Elgort. Esse aplicativo foi também uma ideia do diretor, e desenvolvido pela equipe de design do filme.
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Música dá o tom da ação no filme Em Ritmo de Fuga
“Era muito importante para mim que os atores e a equipe pudessem não só ler o script como compreender o tom das cenas. Procurei saber se já existia alguma maneira de incorporar música num roteiro, e como não existia começamos a pensar em como fazer isso”, afirma Wright, que ainda não sabe se utilizará o app em outras produções ou se mesmo venderá a ferramenta para outros diretores.
Para que a sincronia entre a ação e a música pudesse acontecer da melhor maneira, o diretor utilizou ainda mais recursos. “Baby está o tempo todo de fones de ouvido, então isso foi fácil: tínhamos um programa que transmitia o trecho certo da música o tempo todo. Com os outros atores, usamos pontos eletrônicos ou colocamos a música direto na locação, em grandes caixas de som. Mas em alguns casos o barulho dos carros ou dos tiros era tão alto que ninguém ouvia nada”, completa Wright.