Oi lança plataforma corporativa Wifi Business

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 21/06/2017 às 16:52
Luis Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi. Foto: Oi/Divulgação
Luis Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi. Foto: Oi/Divulgação FOTO: Luis Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi. Foto: Oi/Divulgação

Por Paulo Veras

Imagine que ao entrar numa loja, o cliente pode receber no celular promoções dos produtos de setores que ele mais costuma comprar e pode pesquisar o caminho até um setor ou sala específica. Ou o hospede que pode fazer check-in no hotel, pedir serviço de quarto e pagar o consumo usando um aplicativo.

O uso dos dados coletados junto à clientes para oferecer serviços personalizados e melhorar a gestão de negócios é o que promete o Wifi Business, serviço lançado ontem pela Oi. A empresa trabalha para evitar o impacto de estar envolvida há um ano na maior recuperação judicial do Brasil. Nos últimos três anos, a companhia investiu R$ 100 milhões em todos os recursos de TI para negócios. A empresa não divulgou o investimento específico para desenvolvimento do novo produto.

Usando o Wifi, é possível monitorar quantas pessoas transitam em frente à loja e em quais horários, quantas delas entram e, usando um mapa de calor, até que sessões são mais procuradas e quais as rotas feitos pelos clientes dentro do local. Para aplicações mais complexas, porém, é preciso que os usuários estejam conectados à um aplicativo da empresa e mantenham o Bluetooth ligado; o que pode se mostrar um empecilho de uso para clientes eventuais.

Cátia Tokoro, diretora de B2B da Oi. Foto: Oi/Divulgação

A solução também pode ser usada junto com a Internet das Coisas. No exemplo apresentado pela Oi, no evento de lançamento ao qual o JC foi a convite da empresa, uma geladeira daquelas de supermercado mostrava, em tempo real, quantos produtos estavam a mostra e avisava quantas vezes a porta era aberta. Em outro exemplo, ao aproximar o celular de uma bolsa, era possível receber uma mensagem com preço é especificações do produto em promoção.

Em três anos, a Oi espera que 50% dos seis mil clientes da base de conectividade corporativa da empresa adquiram o Wifi Business. A estratégia é atingir primeiro grandes empresas que possam servir de referência para o mercado; principalmente redes de varejo de alcance nacional. Não há valor base para adesão ao produto. Como cada empresa pode escolher qual das soluções quer contratar, a partir do seu perfil de negócios, também não há pacote básico pré-definido.

Público-alvo

Os mercados prioritários são os de varejo, hotelaria, saúde, educação e financeiro. A Oi promete qualificar e ajudar os clientes sobre o melhor uso para as aplicações. “Não há dúvida de que uma solução como esta não basta apenas oferecer. Para chegar nas pequenas e médias empresas é preciso empacotar mais fácil”, explicou Luis Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi. A ferramenta que usa o Analytics como uma das principais bases parece simples de ser manusear a pela gerência de lojas e supermercados.

Ao lançar um novo serviço em meio a um período delicado, quando tenta uma capitalização bilionária para minimizar os efeitos da recuperação judicial iniciada há exatamente um ano, a Oi sabe que terá o desafio de mostrar aos clientes a viabilidade de seu novo negócio. “Nós intensificamos o volume de visitas, aquelas conversas olho no olho com nossos principais clientes que a gente faz com executivos. A gente intensificou essa agenda positiva com os nossos clientes” explicou Cátia Tokoro, diretora de B2B da Oi. “Outro ponto que nos credencia é a qualidade do serviço”, emendou, sobre o trabalho para garantir a excelência dos serviços para os clientes.

A área de oferecer serviços corporativos se tornou um desafio adicional para a empresa com a crise econômica. Governos e gestões municipais, que representam parcela expressiva dos contratos da Oi no setor, têm procurado a tele para fazer downgrade dos serviços contratados ou reduzir o número de pontos de conexão por causa da queda de receitas, revelou Tokoro. Empresas também têm feito adequações a novas realidades financeiras.