Compra da Yahoo! pela Verizon é concluída e sua presidente renuncia

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 13/06/2017 às 14:15
Marissa Mayer, agora ex-CEO da Yahoo!. AFP / ROBYN BECK
Marissa Mayer, agora ex-CEO da Yahoo!. AFP / ROBYN BECK FOTO: Marissa Mayer, agora ex-CEO da Yahoo!. AFP / ROBYN BECK

A compra da Yahoo! pela gigante americana das telecomunicações Verizon foi fechada nesta terça-feira, finalizando a aventura de um pioneiro da internet e provocando a demissão de sua emblemática presidente, Marissa Mayer.

Em dois comunicados separados, ambos os grupos anunciaram o fechamento da transação de mais de 4,5 bilhões de dólares, pela qual a Verizon se apodera do coração da Yahoo! (portal de internet, serviço de e-mail, entre outros) para juntá-lo com a AOL, formando uma nova empresa chamada Oath.

A operação leva à criação de outra entidade de investimentos, batizada de Altaba Inc. A empresa administrará as partes da Yahoo na chinesa de distribuição on-line Alibaba. A negociação do título será interrompida em 16 de junho e retomada no dia 19 de junho com o nome "AABA".

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Como estava previsto, a presidente da Yahoo! Marissa Mayer apresentou sua demissão "por causa da mudança inerente" de seu papel depois do fim da transação, informou o comunicado da Verizon. O novo organograma realmente não lhe reservava qualquer função executiva.

Nomeada para a presidência da Yahoo! em 2012, Marissa Mayer teria fracassado em reerguer o grupo pioneiro de internet criado em 1994 e que nunca chegou a se recuperar da irrupção do Google. A jovem presidente de 42 anos teria conseguido, entretanto, fechar a venda da Yahoo! e receberá um generoso cheque de saída de 186 milhões de dólares, segundo a imprensa americana.

O grupo teve que baixar seu preço de venda em cerca de 300 milhões de dólares depois de ter revelado recentemente que foi vítima de enormes ciberataques em 2013 e 2014, afetando 1,5 bilhão de contas de usuários. Os dois grupos não informaram sobre possíveis fusões de postos, mas a imprensa americana estima que há aproximadamente 2.100 postos de trabalho ameaçados.

© Agence France-Presse