Depois de quase seis anos em reforma, o Porto Digital irá entregar o casarão da Rua do Apolo, número 235. O sobrado do século XIX passou por uma reforma completa e servirá como base para as iniciativas de empreendedorismo, economia criativa e fabricação digital do parque tecnológico.
A cerimônia de inauguração será realizada na próxima segunda-feira (13), mas o prédio já está em uso por algumas das startups incubadas e aceleradas – além de estar servindo também como sala para os cursos do Recife Summer School. O imóvel receberá todas as atividades da aceleradora Jump Brasil (que antes ficava no bairro de Santo Amaro, num prédio que hoje é o escritório da Uber no Recife) e das incubadoras Cais do Porto e Portomídia, além de um espaço de coworking.
Foto: Guga Matos/JC Imagem
“É muito bom estar de volta ao Bairro do Recife. Todas as atividades que serão realizadas aqui são complementares, e isso poderá potencializar os resultados que acontecerem. Juntar as pessoas pode trazer novas histórias, novas parcerias e novos negócios”, afirma André Araújo, gerente de empreendedorismo do Porto Digital.
O espaço possui área de cerca de 1.500 m², onde abriga um auditório com capacidade de até 100 pessoas, galeria de artes digitais com 90m², incubadora de startups com 85 pontos de coworking, design center com capacidade para 20 pessoas para atender até seis projetos simultâneos e uma sala de formação com capacidade para 20 pessoas.
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O L.O.U.Co, o Laboratório de Objetos Urbanos Conectados, espaço do Porto Digital para fabricação digital, internet das coisas (IoT) e impressão 3D também está instalado no sobrado. “Como, pelo contrato firmado para aquisição do imóvel, não podemos alugar o espaço para outras empresas, trouxemos para cá tudo que não é um ativo do núcleo de gestão do parque. Até os servidores estão de mudança. Isso nos permitirá liberar mais área em outros prédios para novas empresas se instalarem”, explica o diretor de Inovação e Competitividade do Porto Digital, Guilherme Calheiros.
Guilherme Calheiros, diretor de inovação do Porto Digital. Foto: Guga Matos/JC Imagem
REFORMA
Até ser adquirido pelo parque tecnológico, em 2011, o imóvel passou por décadas de abandono. “Estava só a ruína, prestes a desabar. Nossa primeira intervenção aqui foi para prevenir isso”, conta Calheiros. Os recursos do contrato de gestão com o governo do estado de R$ 1,1 milhões foram usados na compra do sobrado, e recursos do BNDES na ordem de R$ 8,8 milhões possibilitaram sua reforma.
O L.O.U.Co, o Laboratório de Objetos Urbanos Conectados. Foto: Guga Matos/JC Imagem