Muhammad Ali terá série na HBO

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 12/12/2016 às 17:03
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O astro da NBA Lebron James, o diretor Antoine Fuqua (Dia de Treinamento e Invasão à Casa Branca) e o canal pago HBO se uniram para produzir um documentário em formato de série do lutador de boxe e lenda do esporte, Muhammad Ali.

Misturando imagens de arquivo e recriações com atores, a série documental ainda não tem nome ou data de estreia, mas Fuqua (que será o diretor da produção) prometeu conteúdo nunca antes visto pelos fãs.

"Muhammad Ali significou muitas coisas para muitas pessoas, e ele é alguém que teve um impacto profundo sobre mim desde tenra idade. Ter a oportunidade de contar sua história, dentro e fora do ringue, é um privilégio, e um sonho que tornou-se realidade", afirmou o diretor, em comunicado oficial.

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Lebron James será o produtor executivo da série, ao lado de Maverick Carter, seu sócio na produtora SpringHill Entertainment.  "É difícil colocar em palavras o quanto significa para mim fazer parte deste projeto honrando o legado e contando a história extremamente importante do grande Muhammad Ali", afirmou o jogador.

"Ele transcendeu os esportes e usou sua plataforma para capacitar as pessoas, o que abriu o caminho para todos os atletas e pessoas de todas as raças e gêneros que vieram depois dele, eu incluído. É importante que sua história continue para as gerações vindouras, e é uma honra para a SpringHill Entertainment e para mim fazer parte disso", concluiu James.

Muhammad Ali já ganhou uma biografia em filme em 2001. "Ali" foi dirigido por Michael Mann (Colateral e O último dos moicanos) e rendeu a Will Smith uma indicação ao Oscar.

Nascido Cassius Marcellus Clay Jr., Ali foi uma das figuras mais importantes do século 20, tanto como boxeador profissional e ativista. Considerado o "Atleta do Século" pela revista Sports Illustrated, Ali foi campeão dos pesos-pesados e medalhista de ouro dos meio-pesados nas Olimpíadas de 1960 (com apenas 18 anos). Lutou até 1981, acumulando 57 vitórias, sendo 37 delas por nocaute, e 5 derrotas.

Para além dos ringues, Muhammad Ali foi ativista pelos direitos civis dos afrodescendentes nos EUA dos anos 1960. Chegou a ser condenado e perder sua licença para lutar e seus cinturões acumulados por sua oposição à participação dos EUA na Guerra do Vietnã. Anos depois recuperou a autorização e seus títulos.

Ali faleceu este ano, aos 74 anos, por problemas respiratórios. Em 1984, o atleta foi diagnosticado com a síndrome de Parkinson, atribuída às lesões no cérebro relacionadas ao boxe.

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