Com o lançamento do Moto Z, a Motorola/Lenovo fez uma aposta que poder ser genial ou um fracasso, dependendo da aceitação do público e da indústria. O primeiro smartphone modular de uma das maiores marcas do segmento a chegar ao mercado brasileiro revoluciona na maneira que o usuário se relaciona com seu aparelho, mas ao mesmo tempo depende muito de que outras empresas abracem a ideia.
Isso acontece pois, se tirarmos os snaps (como a marca chama os módulos) do Moto Z, ele fica pela metade. Sobra um smartphone potente, com processador Qualcomm Snapdragon 820, 4 GB de memória RAM e 64 GB3 de memória interna, mas, por exemplo, com uma bateria mediana, de 2.600 mAh. Mas com os snaps, a conversa é outra.
Antes de mais nada, de fato, como a Motorola propaga, seu aparelho é o smart premium mais fino do mundo. Com 5,2 mm de espessura, é uma folha de papel comparado ao iPhone 7 de 7,1 mm. Mas isso tem uma razão de ser: o Moto Z foi pensado para ser usado com seus módulos, e assim ficar com uma espessura normal. O primeiro deles – e provavelmente o que você usará mais – é a bateria extra. Com a offGrid Powerpack você acresenta mais 2220 mAh ao aparelho, tornando-o praticamente um imortal ao longo do dia.
Daí voltamos ao que eu disse lá em cima, da importância da “indústria abraçar essa ideia”. Esse powerpack é feito pela Incipio, uma empresa americana de eletrônicos e acessórios. Vários outros snaps que vamos apresentar aqui (os primeiros a serem lançados com o Moto Z) são feitos por terceiros – e deverão sempre ser feitos por terceiros, ou o aparelhoh não terá vida longa, se depender sempre da Lenovo.
Outro snap de destaque é a caixa de som SoundBoost, da JBL. Responsável por alguns dos melhores fones de ouvido e caixas de som do mercado, a marca desenhou um acessório que se encaixa na traseira do smartphone e permite fazer uma festa em qualquer lugar. A poderosa caixa de som ainda conta com um suporte para que o aparelho fique deitado de lado, o que melhora a saída do som e facilita o acesso aos controles.
Todos os snaps são conectados ao smartphone magneticamente, algo muito fácil e prático. Quando o aparelho está sem nenhum módulo, os conectores são protegidos por uma capa traseira que acompanha o pacote, com acabamento em madeira, realmente muito bonito. Mas a essa altura, você já deve estar pensando: “uau, quantas funcionalidades com os snaps. Mas eu tenho que ficar carregando todos eles se quiser mudar de uma função para a outra?”.
A resposta é sim, vai. Por isso, caso opte por um Moto Z, sua relação com seu smartphone mudará um pouco. Você vai ter que pensar, antes de sair de casa, “o que vou fazer com meu celular hoje?”, se não quiser ter que carregar consigo todos os snaps.
Mas se tiver que carregar, vale a pena, pois as possibilidades são incríveis. Outro snap de terceiros que já está disponível, por exemplo, é o Hasselblad True Zoom, que transforma seu smartphone numa câmera fotográfica semi profissional. Com o zoom ótico de dez vezes e o flash de xenônio, o Moto Snap Hasselblad traz ainda a capacidade de fotografar no formato RAW.
Mas os snap mais incrível mesmo é da própria Motorola. O Moto Insta-Share é um projetor de vídeos e fotos em uma tela de até 70 polegadas e qualidade HD. Se livre do projetor antigo da sala de reuniões do seu trabalho ou transforme sua sala de estar num cinema, tanto faz, o Insta-Share aguenta. Ele, como todos os snaps, ainda possui uma bateria interna que sozinha garante uma hora de projeção.
O Moto Z chega ao mercado com preço sugerido a partir de R$ 3.199,00, incluindo uma Moto Style Shell (capa) e o módulo de bateria Moto Snap Incipio offGRID Power Pack. O modelo também esta disponível em edições especiais, sempre com um módulo adicional no kit: Moto Snap Incipio offGRID Power Pack, Moto Snap JBL SoundBoost ou Moto Insta-Share.
