Mercado brasileiro de celulares volta a crescer

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/10/2016 às 12:49
Foto: Divulgação
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Depois de um péssimo início de ano, quando apresentou uma queda de 32,9% nas vendas, o mercado de celulares no Brasil se recuperou no segundo trimestre ao ano e cresceu 23,1%.

De acordo com o estudo IDC Brazil Mobile Phone Tracker Q2, entre abril e junho foram comercializados 12.044 milhões de aparelhos, sendo 10.779 smartphones e 1.265 feature phones (aparelhos convencionais, sem sistema operacional).

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Comparado com o mesmo período de 2015, a queda foi de 1,7% - sendo redução de 4,8% nos smartphones, enquanto os feature phones cresceram em 35,1%. “Os feature phones estão reaquecendo o mercado. Em 2015, houve falta de opções de aparelhos desse tipo. Hoje, a oferta é muito maior. Além disso, os celulares convencionais atendem muito bem a demanda das áreas rurais, onde o 3G funciona mal e o 4G ainda não chegou. Neste caso, o investimento menor vale a pena”, conta Diego Silva, analista de pesquisa da IDC Brasil.

Houve ainda uma redução no ticket médio dos smartphones, que de acordo com o estudo passou de R$1152 no primeiro trimestre para R$1045 no segundo. Os aparelhos que estão na faixa de preço que varia de R$499 a R$999 foram 64,2% dos vendidos no trimestre. “Os fabricantes que até 2015 tinham pouca expressão no mercado brasileiro começaram a investir em produtos mais avançados e estão ganhando cada vez mais espaço”, avalia o analista da IDC.

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Mas mesmo com o ticket médio menor, a receita no segundo trimestre foi 10% superior em relação ao primeiro trimestre. Somente entre os meses de abril e junho de 2016, o mercado de smartphones movimentou R$11,4 bilhões de reais, um número 15,7% maior do que o apresentado em 2015.

Para os próximos meses, a IDC prevê um mercado ainda aquecido. De acordo com o analista “devemos ter um segundo semestre com excelente volume de vendas, especialmente durante a Black Friday e o Natal. Os fabricantes estão apostando nessas datas e preparando lançamentos. Com o dólar estabelecido, os preços devem ser ainda mais atrativos”. Para o ano de 2016, a expectativa é de que o mercado chegue à marca de 40,3 milhões de aparelhos celulares comercializados.