Representantes do setor de TIC entregam propostas e debatem com candidatos à prefeitura do Recife

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 24/09/2016 às 10:16
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Ao longo das últimas três semanas, representantes do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação do Recife se encontraram com candidatos a prefeito da capital para apresentar as propostas e ouvir os planos dos candidatos. O último encontro aconteceu na quinta-feira e, para os organizadores das sabatinas, o saldo foi positivo.

Participaram dos debates os seis candidatos que pontuaram na última pesquisa antes da iniciativa: Priscilla Krause (DEM), o candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB), Edilson Silva (PSOL), Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB) e João Paulo (PT).

“Nessa eleição, felizmente, os candidatos possuem uma compreensão do que a tecnologia pode fazer pela gestão municipal, como também sabem que o setor atingiu uma maturidade na qual se pode aproveitar da grande capacidade criativa de desenvolvimento de soluções das empresas pernambucanas para melhorar o trabalho da prefeitura”, avaliou o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Pernambuco (Assespro), Ítalo Nogueira.

A Assespro foi uma das organizadoras das palestras, ao lado do Centro de Excelência em Tecnologia de Software do Recife (Softex) e ao Sindicato das Empresas de Tecnologia da Informação (Seprope) e do Porto Digital, que sediou as conversas na aceleradora Jump Brasil, em Santo Amaro. Todas as sabatinas foram transmitidas ao vivo, via Facebook, com participação dos internautas, e estão disponíveis na fanpage do parque tecnológico na rede social.

Entre as propostas apresentadas pelo grupo – e acatadas por todos os candidatos, de acordo com Nogueira – está transformar o Bairro do Recife num laboratório de testes para soluções de cidades inteligentes e programas sociais. “As empresas do Porto Digital já fazem isso com frequência, mas a ideia é institucionalizar essa prática”, explica o assessor de comunicação do Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), Rossini Barreira.

“A vantagem do bairro é que, além de ser um ambiente controlado, por ser uma ilha, também serve como microcosmo da cidade inteira: conta com shopping, empresas, comércio, serviços, residências e inclusive uma comunidade carente”, completa Rossini, referindo-se à Comunidade do Pilar.

Os representantes do setor ainda tiveram a garantia da revisão do benefício de redução do ISS para as empresas de TIC que se instalam no parque tecnológico. “Atualmente, esse benefício é quase um passivo. Se a empresa atrasar um mês sequer o valor volta aos 5% e ainda é cobrado com retroatividade de cinco anos. Esse gatilho dificulta a aquisição ou fusão das empresas locais com investidores externos”, afirma Gerino Xavier, presidente da Seprope.