Bullying virtual provoca sérios problemas de saúde e socialização

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 03/08/2016 às 8:33
Foto: Free Images
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É bem verdade que a internet, à parte de todos os benefícios que nos proporciona, tornou o leque de malefícios às crianças ainda maior. Prova disso é um estudo realizado pela Kaspersky Lab em conjunto com a iconKids & Youth que mostra que o bullying virtual é muito mais perigoso do que os pais consideram. Segundo a pesquisa, para a maioria das jovens vítimas, as consequências do assédio online incluem problemas sérios de saúde e socialização.

É considerado bullying virtual qualquer forma de intimidação, perseguição ou agressão intencional sofrida através da internet. A ação tornou-se evidente em sites de relacionamento e crianças e adolescentes são os mais vulneráveis a isso. De acordo com o estudo "Crescendo Online - Crianças Conectadas", apenas 4% das crianças entrevistadas admitiram ser vítimas desse tipo de prática, mas acredita-se que o número seja muito maior. O problema é que muitos desses jovens escondem os incidentes virtuais, tornando a tarefa de protegê-los ainda mais complicada.

Entrevistas aos pais de vítimas, no entanto, mostraram que 37% delas sofrem de baixa autoestima, 30% tiveram piora no desempenho escolar e 28% mencionaram depressão. Além disso, 25% dos pais afirmaram que o bullying virtual abalou o padrão de sono dos filhos e 20% deles descobriram que os jovens tiveram anorexia ocasionada por esse tipo de assédio.

“Na tentativa de proteger nossos filhos do perigo, não podemos esquecer que eles não vivem só no mundo real, mas também no mundo virtual que, para eles, é tão real quanto o outro. Se isso acontecer, a melhor solução é conversar com seu filho e usar um software de controle para pais que o avise sobre mudanças suspeitas nas redes sociais da criança”, explica Andrei Mochoa, chefe de negócios ao consumidor da Kaspersky Lab.