Se o Uber é legal ou não, é uma questão jurídica (e de lobby político), mas a sua chegada definitivamente mudou a forma com que seus concorrentes passaram a encarar o modelo de negócios. A 99, que começou como aplicativo para conectar taxistas e passageiros, passou a interromper o acesso dos motoristas que figuram entre os 10% menos bem avaliados pelos usuários.
A decisão é o último recurso adotado pela empresa e faz parte do que é previamente estabelecido no contrato da 99. “Oferecemos repetidas oportunidades para os motoristas melhorarem o atendimento, mas nem sempre há uma mudança de comportamento. Num primeiro momento, notificamos e aplicamos uma suspensão temporária”, explica Pedro Somma, diretor de relações institucionais da 99. “Em caso de reincidência, fazemos a suspensão definitiva da base”, completa.
Entre as principais reclamações estão "motorista mal educado", "cheiro forte de cigarro", "pegou outro passageiro", "ligou o taxímetro antes", e variações de "fez um caminho longo" e "carro sujo".
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Por outro lado, os taxistas que fazem parte do grupo dos 10% mais bem avaliados foram premiados com um logo luminoso exclusivo da 99. Toda vez que um passageiro vir este logo no painel do táxi branco saberá que está com um taxista nota 10.
A distribuição dos luminosos começou este mês, em São Paulo, para 2 mil taxistas. Os melhores taxistas das demais praças serão presentados nas próximas semanas. "Estamos aplicando de forma clara nossa decisão de oferecer um diferencial de alta qualidade para os usuários da 99”, resume Somma.
