Metade dos usuários de internet não confiam na webcam. Isso inclui até Mark Zuckerberg

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 28/06/2016 às 14:32
HAL FOTO:

Recentemente, o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, postou uma foto comemorando os 500 milhões de usuários do Instagram. A imagem foi feita no escritório do executivo, mas uma coisa chamou a atenção dos usuários. Perceba:

mark Foto: Reprodução/Instagram

É isso mesmo, Mark Zuckerberg tampa a webcam do seu notebook com uma fita adesiva. Ele não é o único: de acordo com a pesquisa Kaspersky Consumer Security Risks Survey 2015, o número de internautas preocupados com a sua privacidade online aumentou em comparação com o ano anterior: 49% não confiam em sua webcam, por acreditarem que elas são usadas para espionar o proprietário do dispositivo.

Os especialistas da Kaspersky Lab no Brasil destacam que este tipo de ataque é comum ao redor do mundo e que, nos últimos 12 meses, foram identificados mais de 3,8 mil ataques no Brasil. As ameaças tomam o controle do computador e da webcam da vítima (RATs) e até já existem trojans para plataformas móveis, como o Trojan Dendroid para o Android, que permite ao cibercriminoso gravar chamadas, ligar a câmera, tirar fotos e capturar SMSs.

Ou seja, Mark não é tão paranoico assim. O estudo da Kaspersky Lab com a B2B International aponta que 39,8% dos internautas globais também cobrem a webcam, sendo que 17,8% usam um Post-It, 17,2% bloqueiam a webcam com um band-aid e apenas 4,8% são adeptos à fita adesiva (Zuckerberg hipster).

O pessoal da Kaspersky Lab listou quatro dicas para evitar que seu dispositivo seja capturado:

1. Baixe softwares apenas via página do fabricante. Não é fácil discernir um site pirata do legítimo e links de terceiros podem conter maware junto com o programa de interesse.

2. Nunca desative as configurações de segurança e proteção. Soluções anti-malware, como o Kaspersky Internet Security multidispositivos, contam com funções de bloqueio da webcam e microfone que protegerão o usuário em caso de tentativa de invasão.

3. Altere a senha padrão dos dispositivos, como roteador e webcam. Existem sites (legítimos) com o mapa de endereços IPs de dispositivos conectados. Pessoas mal-intensionadas usam este recurso para tentar invadir e criar confusão.

4. Crie senhas únicas e fortes: códigos repetidos é uma má prática de segurança, mas comum para a maioria dos usuários. Uma senha forte deve contar letras, números e símbolos. Mais importante, não use essa senha em nenhum outro lugar. Para facilitar a criação e gerenciamento de senhas fortes, a empresa oferece o Kaspersky Password Manager.