[Review] - Doom

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 24/06/2016 às 16:01
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Enquanto o novo Doom (2016) estava sendo instalado no meu PS4, resolvi jogar o Doom original (de 1993) no Xbox One. Por sinal, quem tiver o console da Microsoft, recomendo demais: está por R$ 6 na versão do Xbox 360, enquanto o Doom II (1994) está por R$ 10. Faça esse favor a si mesmo e compre.

Pois bem, como dizia... resolvi jogar o Doom original (de 1993) no Xbox One enquanto esperava a instalação e atualização do Doom novo no PS4. Olha, foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado. Ao pular da primeira versão do jogo para a lançada este ano pela Id Software e pela Bethesda, deu para perceber que a intenção dos desenvolvedores era repetir a mesma diversão do game original, com a potencialidade da nova geração.

Muito mais do que Doom III tentou (e falhou em) fazer em 2004, esse Doom atual é o verdadeiro remake da série. É uma coisa linda. Ele tem o mesmo "jeitão" dos jogos originais, porém com mais história e um gráfico caprichado. Mas o fator entretenimento é o que predomina, muito acima - por exemplo - do terror, que foi a pegada que tentaram no Doom III e não rolou com tanta força. Claro, ainda tem demônios, portais para o inferno e coisa e tal. Mas muito mas do que medo e sustos, seu sentimento em relação à eles é uma fúria maníaco-homicida. Bom demais.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer uma parada. Eu falei "remake" lá em cima, mas Doom não é exatamente isso. O game é uma continuação. De qual Doom, se do II ou do III, não sei... Mas é uma continuação, uma vez que o protagonista, famoso "Doomguy" ou "Doomslayer" acorda no início do jogo depois de ser recuperado de um sarcófago, onde os demônios o aprisionaram depois dele chutar a bunda do inferno inteiro.

Como das outras vezes, a Union Aerospace Corporation (UAC) tentou extrair energia do Inferno através do centro de pesquisa em Marte. Outra vez deu errado, claro. E como de costume, a única pessoa que pode impedir  uma invasão infernal em escala total é você. Então é arregaçar as mandas do traje espacial e descer a porrada (tiro e bomba, não nessa ordem).

O jogo até que tem um modo multiplayer, mas que na contra-mão dos jogos FPS atuais (gênero que, vale lembrar, foi criado pelo pessoal da Id Software e estabelecido pelo próprio Doom. Você quer saber se uma pessoa é velha? Fácil: ela chama dos jogos desse gênero de "tipo Doom") o game tem mesmo todo seu foco na campanha singleplayer, e nela ele brilha.

Num ritmo frenético, ao som uma trilha sonora composta basicamente de metal industrial, você deve acumular armas e explodir zumbis e demônios das formas mais criativas e violentas possívels. E vai adorar. Não existe isso de procurar cobertura ou parar para regenerar a saúde. É bater de frente com as hordas de demônios do inferno, detonar os bichos, pegar os power ups, munição e saúde que cai no chão e partir para o próximo. Não pode ficar parado. Para te ajudar a economizar bala, o game tem um bom sistema de combate corpo-a-corpo que funciona quase como um Fatality pros monstros. A diversão é tentar fazer de todos os jeitos diferentes.

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Doom (2016) tem tudo que fazia de Doom (1993) um grande jogo e um ícone dos games: violência, diversão, ritmo e carisma. Se você curtiu a parceria anterior entre as empresas, com Wolfenstein The New Order (2014) e The Old Blood (2015), certamente vai adorar Doom. Se não, jogue eles também, todos valem muito a pena. Fora que o jogo novo foi muito bem adaptado para os consoles - ou seja, se você é daqueles que só joga FPS no esquema teclado+mouse, repense sua vida.

Talvez muitos critiquem Doom por causa da falta de um multiplayer realmente atraente, de forma que o game possa ser mais jogável uma vez encerrada a história principal. Mas esse jogo tem tantos easter eggs, tantas coisas escondidas, tantas salas secretas... que daqui que você complete tudo, já esqueceu do começo e pode jogar novamente.

Vida longa à Doom!