Cesar completa 20 anos e planeja liderar a inovação no Brasil até 2030

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 14/05/2016 às 8:23
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Desde 14 de maio de 1996, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) vem construindo uma reputação de ser um dos maiores fomentadores de inovação no Estado. Comemorando 20 anos hoje, a empresa quer ser “a” líder no crescimento da capacidade brasileira de inovar. Para isso, está fechando um planejamento que vai até 2030, iniciando com uma mudança em sua missão e visão.

“Há muito tempo já ampliamos a nossa missão na prática”, explica o superintendente do Cesar desde 2005, Sergio Cavalcante. Sai o texto antigo, “Realizar a transferência auto-sustentada de conhecimento em tecnologia da informação entre a sociedade e a universidade”, entra o novo: “Identificar, potencializar e concretizar oportunidades de transformação das organizações e da vida das pessoas”.

Um detalhe que chama a atenção é a ausência do termo “tecnologia da informação”, mas o superintendente explica que não é de hoje que a empresa promove projetos para além da TI. “Um exemplo é o recém-lançado PlayTown (www.playtownrec.com.br), que trabalha com design colaborativo para levar para o bairro do Recife Antigo intervenções urbanas lúdicas que tornarão o ambiente ainda mais agradável e interativo”, afirma Cavalcante.

Sérgio Cavalcante, superintendente do Cesar Sérgio Cavalcante, superintendente do Cesar

O desafio de se tornar referência nacional em inovação não é fácil. “Em primeiro lugar, teremos que criar a capacidade em inovar. O Brasil é um lugar criativo, mas não é inovador. Inovação precisa atender um interesse real e trazer resultado, o que pelo número de patentes produzidas aqui vemos que não acontece com a frequência necessária”, avalia Cavalcante.

Contando com mais de 600 colaboradores, o Cesar tem sede em Recife e está presente também nas regiões Sul, Sudeste e Norte, com suas filiais em Curitiba, Sorocaba, Rio de Janeiro e Manaus. Em 2015, o instituto registrou um crescimento de 5% e nos últimos cinco anos, o instituto alcançou um crescimento nominal médio sobre receita de 125%.

“O cenário geral é caótico, mas não deixamos nos contaminar pelo baixo astral e conseguimos manter o nível de motivação dos nossos colaboradores em alta. Seguimos trabalhando muito e acredito que temos a percepção, cada vez mais clara, do papel econômico e social que o Cesar desempenha”, avalia o superintendente.