Buns Game, da Crabwave, é Pernambuco na final da Imagine Cup Brasil 2016

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 23/04/2016 às 8:35
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Pernambuco tem história na Imagine Cup, a Copa do Mundo do software, promovida pela Microsoft. Tivemos campeões nacionais e mundiais, vindos principalmente do Centro de Informática da Universidade Federal (CIn-UFPE) e da Escola Politécnica (Poli-UPE). Este ano, os representantes do Estado vêm da Escola Técnica Estadual Professor Agamenon Magalhães e, sem pretensão alguma, acabaram chegando à final nacional na categoria games.

"Decidimos criar o jogo por diversão, sem compromisso. Nenhum de nós tinha qualquer experiência em desenvolvimento de jogos e fomos aprendendo no caminho”, conta a estudante de Comunicação Visual, Paula Soares. Ela e os colegas Abhner Adriel, Johnny Herbert e Jonathan Barreto contaram com a ajuda da equipe do Microsoft Innovation Center da Etepam para criar o Buns Game, um dos três finalistas que disputarão no dia 28, em Belo Horizonte, uma vaga para a etapa mundial da Imagine Cup.

https://www.youtube.com/watch?v=ZyJ4AC7Hafg

O jogo retrata a realidade de muitos estudantes não só da Etepam, mas de todas as escolas públicas. “Queríamos com o que nós poderíamos nos identificar, mas que fosse divertido. Então um amigo nosso deu a ideia de fazer um game onde o objetivo é conseguir pegar o ônibus, desviando dos obstáculos”, explica Paula. Em visual que lembra os jogos 8 bits, o usuário deve pular bueiros, coletar garrafas de água e não perder a réplica do Jardim Brasil/Joana Bezerra de vista.

O Buns Game, da agora recém-fundada startup Crabwave foi um dos selecionados entre os 245 projetos inscritos na Imagine Cup 2016. Os mais inovadores em cada categoria (Games, Cidadania e Inovação) representará o Brasil na fase mundial, em Seattle, com a chance de ganhar o prêmio de US$ 50 mil.

Os pernambucanos competem contra um projeto da Universidade Estadual Paulista e um da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) com um detalhe: são a única equipe do Ensino Médio e cujos componentes mal possuem a idade mínima para competir, de 16 anos. “Aprimoramos o jogo para a final e nosso plano é manter a startup, quem sabe incubar no Porto Digital e continuar desenvolvendo novos games”, completa Paula.