T81, o Uber pernambucano, será lançado nesta segunda-feira

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 25/03/2016 às 12:27
t81_01 FOTO:

t81_02

Enquanto o poder público, a Uber e os taxistas discutem sobre a legalidade do serviço de carona remunerada, já tem mais gente de olho nessa fatia de mercado, que provou atender uma demanda latente da população. Outras empresas estão desenvolvendo e lançando suas próprias versões de aplicativos para concorrerem com a multinacional. Uma delas é daqui mesmo do Estado, e está chegando ao mercado na próxima segunda-feira (28).

O T81 (www.t81.com.br) estará disponível nos sistemas iOS e Android, oferecendo aos usuários quatro modelos de atendimento com motoristas particulares. Como o Uber, ele dispõe de carros  populares e carros executivos, mas também possui em seu cadastro mototaxistas (nas cidades em que o transporte é regulamentado) e motodelivery. “Fomos inspirados no sucesso do Uber, mas queríamos ir além. Por isso pesquisamos que outros serviços poderíamos oferecer além do transporte de passageiros”, explica o diretor executivo da T81, Flávio Guardia.

Advogado por formação, o executivo está acompanhando de perto as discussões sobre a regulamentação do serviço no Estado. Esteve presente, inclusive, na audiência ocorrida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na semana passada. “Os taxistas querem proteger o negócio deles, isso é normal. Mas não é possível deter o avanço da tecnologia, principalmente quando beneficia o usuário. Existe mercado para os dois tipos de transporte e a convivência pode ser pacífica”, afirma, sobre a polêmica do Uber versus taxistas.

t81_01O modelo, entretanto, não é livre de críticas, e Guardia afirma ter tentado solucionar alguns dos problemas reportados pelos usuários e motoristas do Uber na sua solução. “Uma coisa que não temos, por exemplo, é a chamada tarifa variável. O passageiro paga o mesmo valor em relação à distância, independente da demanda”, conta o executivo. No aplicativo mais famoso, o valor da corrida pode variar conforme a oferta de carros e o número de usuários fazendo pedidos, o que pode tornar a viagem até três vezes mais cara. Para o lado dos motoristas, o T81 também adotou uma tarifação fixa por corrida. “A Uber cobra uma porcentagem, que na categoria mais alta pode chegar a 25% do valor da viagem. No nosso aplicativo, o motorista nos paga o mesmo valor, indo de Boa Viagem até o Pina ou do Recife até Petrolina”, explica Guardia.

O empresário promete preços extremamente competitivos – até 60% mais barato que o táxi comum.  “O trecho (o que poderia ser comparado à bandeirada) em carro popular, por exemplo, custa R$ 2, quando o táxi comum cobra R$ 4,31. Para transporte em carro executivo, o trecho sairá por R$ 3, enquanto a mototáxi terá valor inicial de R$ 1,90 e mais R$ 0,92 por cada quilômetro rodado, ou R$ 0,11 por hora roda”, conta. Diferente do Uber, os usuários do T81 poderão pagar as corridas tanto no cartão de crédito, via app, como também em dinheiro. “Vamos aproveitar a paralisação dos motoristas da Uber em São Paulo, programada para segunda (18) para apresentar o serviço lá”, completa Guardia.

Usuários e interessados em se tornarem motoristas do T81 devem preencher o cadastro completo do serviço no primeiro acesso ao aplicativo. Com relação às motocicletas que serão cadastradas como mototáxis e motodeliverys, a T81 orienta que elas deverão circular com velocidade máxima de 60 km/h.  Será obrigatório aos condutores o uso de equipamentos de proteção, como capacete. Clientes receberão ainda touca higiênica descartável, para usar junto com o capacete. Os motoristas que serão inscritos no serviço vão passar por uma pesquisa para verificar a regularização dos documentos como a carteira de habilitação, certificado de registro e licenciamento do veículo e antecedentes criminais.