Venda anual de tablets tem redução de 30% no Brasil e vê sua primeira queda

Letícia Saturnino
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Publicado em 21/03/2016 às 19:17
Foto: Reprodução
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Depois de reportar queda nas vendas dos computadores e dos smartphones, a IDC tem mais uma notícia ruim para o mercado de eletrônicos brasileiro.

Nunca antes na história desse País se vendeu tão poucos tablets como no ano passado, de acordo com a IDC. Em 2015 foram comercializados cerca de 5,8 milhões de aparelhos - queda de 38% na comparação com 2014, quando foram comercializados 9,5 milhões de dispositivos, segundo estudo IDC Brazil Tablets Tracker Q4

Para 2016 a previsão não é melhor. A consultoria acredita que a redução deve ficar por volta de 29%. É o pior cenário desde 2010, quando os tablets surgiram no Brasil. O mercado até então sempre apresentou taxas de crescimento na comparação ano a ano.

Do total de tablets comercializados, 5,734 milhões (98,8%) foram modelos convencionais e 111 mil (1,2%) notebooks com telas destacáveis. "O tablet deixou de ser novidade e, além disso, diante da instabilidade político-econômica do país durante todo ano passado, com desemprego em alta e confiança do consumidor em baixa, passou a ser objeto de compra secundário", afirma Pedro Hagge, analista de pesquisas da IDC Brasil.

Não foi só isso. As empresas estrangeiras também começaram a deixar o País depois das sucessivas altas do dólar e, com isso, segundo Hagge, houve menor oferta de produtos nas lojas. Outro fato que levou o mercado de tablets a registrar queda foi a competição com os smartphones de tela maior e preços compatíveis. Em 2015, a média de preço dos tablets foi de R$ 448, alta de 2% em comparação com 2014, quando o tíquete médio era de R$ 440.