Street Fighter II completa 25 anos hoje

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/02/2016 às 6:52
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Além do Galo da Madrugada no Recife e o bloco Eu Acho é Pouco em Olinda, neste sábado 6 de fevereiro há outra coisa a ser comemorada. Pelo menos entre a comunidade gamer. Pois nesse dia, há 25 anos, era lançado nos arcades japoneses um jogo que iria revolucionar a indústria – e angariar fãs apaixonados até hoje: Street Fighter II.

A revolução já tinha iniciado em 1987, mas de forma silenciosa. A Capcom lançou o primeiro Street Fighter sem muito alarde, mas com algumas novidades que serviriam de base para sua continuação e, posteriormente, se tornariam o padrão para quase todos os jogos de luta lançados posteriormente.

Para se ter uma ideia do seu sucesso, o jogo rendeu mais de US$ 2,3 bilhões para a Capcom na época, que se fossem convertidos em valores atuais seriam  aproximadamente US$ 4 bilhões (para efeitos de comparação, Star Wars – O despertar da Força, que é o maior sucesso do cinema nos últimos anos, fez US$ 1,9 bilhão em bilheteria até agora). Ao todo, Street Fighter II vendeu 14 milhões de cópias, sendo 6,3 milhões delas só para o Super Nintendo.

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Mas o que o game tinha que o fazia tão especial? Mesmo tendo sido lançado em 1991 e estar datado em vários aspectos, Street Fighter II ainda é um game extremamente competente e divertido. Ele trouxe alguns elementos introduzidos pelo seu antecessor, como um gráfico melhorado, a possibilidade de dar golpes especiais com uma sequência de movimentos, personagens com mais personalidade e uma história e, o mais importante de todos, controles com uso de seis botões. Até então, os jogos de luta usavam dois botões, soco e chute, mas Street Fighter trouxe três variações para cada um deles: fraco, médio e forte.

A continuação pegou esses elementos e juntou mais coisas. Agora era possível escolher entre oito personagens jogáveis (no primeiro você só jogava com o Ryu, ou o Ken se jogasse contra um amigo), cada um deles com estilo e golpes próprios. Incluindo aí o Blanka, que apesar de ser um mutante verde, era o Brasil sendo representado nos games com um personagem ficcional pela primeira vez. Por sinal, esse era outro apelo do jogo, já que cada um dos personagens vinha de um país e lutavam ao redor do mundo pelo título.

A partir de 1991, absolutamente todos os jogos de luta devem à Street Fighter II, uma vez que o gênero foi basicamente reinventado por ele. O game ainda foi ganhando outras versões e continuações quem seguem até hoje, culminando com Street Fiighter V, um dos jogos mais esperados deste ano. O título ainda foi responsável por salvar e dar alguma sobrevida aos fliperamas, onde foi jogado mais de 25 milhões de vezes de acordo com a Capcom. Por fim, foi com Street Fighter II que começou também o eSport, os campeonatos de jogos eletrônicos, que hoje possuem milhões de espectadores no mundo todo.

Além de jogos, a franquia ainda rendeu outros produtos como séries animadas (tanto ocidentais quanto orientais), quadrinhos, mangás e dois filmes para o cinema, Street Fighter (1994), estrelado pelo artista marcial Jean-Claude Van Damme e pelo ator Raul Julia, e Street Fighter: a lenda de Chun-Li, com Kristin Kreuk e Michael Clarke Duncan.