Empresa criadora do jogo "Candy Crush" é vendida por US$ 5,9 bilhões

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 03/11/2015 às 14:23

candy

A produtora americana de jogos eletrônicos Activision Blizzard, que possui em seu catálogo séries de grande sucesso como "Call of Duty" e "World of Warcraft", anunciou na noite desta segunda-feira (2) a compra da rival King Digital, criadora do fenômeno "Candy Crush Saga", por US$ 5,9 bilhões.

É a maior aquisição do mercado de games desde que a Microsoft comprou a desenvolvedora do "Minecraft" por US$ 2,5 bilhões, no ano passado. O negócio, segundo a Activision, posiciona a empresa como líder global no entretenimento interativo nas plataformas mobile, console e PC.

O presidente-executivo da Activision Blizzard, Bobby Kotick, afirma que a compra vai ajudar a aumentar o alcance dos jogos desenvolvidos pela empresa. Os títulos da King são utilizados por mais de 500 milhões de pessoas por mês em quase 200 países.

Segundo Kotick, a companhia terá a terceira maior rede de usuários do mundo, atrás apenas do YouTube e do Facebook. Outro aspecto positivo da aquisição é "explorar o capital intelectual que existe na Activision Blizzard e ver se ele faz sentido nessa rede", diz o executivo.

Em comunicado, a Activision informa que os conselhos de ambas as empresas já aprovaram a transação. A ABS Partners CV, divisão da Activision Blizzard, irá pagar US$ 18 por ação da King, um valor 16% maior do que o registrado no fechamento do pregão de Nova York nesta segunda.

O crescente mercado de jogos para dispositivos móveis espera gerar mais de US$ 36 bilhões em receita até o final deste ano, segundo a empresa americana. A aquisição faz parte de uma estratégia da Activision para expandir o alcance de seus produtos para novos públicos, como o feminino, que representa 60% dos consumidores de jogos da King Digital.

A King foi fundada na Suécia em 2003 e criou mais de 200 jogos, incluindo "Candy Crush", que se tornou uma febre e ainda representa mais de um terço da receita da companhia. [Da Folhapress]