Brasil fica atrás no ranking de conectividade global

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 08/10/2015 às 18:16

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Apesar do aumento da oferta de banda larga, País está atrasado na migração para a economia digital.

O Brasil está em uma posição intermediária em relação à conectividade e infraestrutura em comunicação, ocupando a 39ª posição em um total de 50 países. O resultado foi divulgado nesta quinta (8), em São Paulo. O relatório, conduzido pela empresa chinesa Huawei, mede o impacto das tecnologias de informação nas economias dos países.

O Brasil ocupa a 26ª posição e aparece como um dos destaques no grupo conhecido como "seguidores", atrás apenas do Chile entre os países latinos. Nos BRICS, ficamos atrás da China e Rússia. Apesar de terem avançado em termos de oferta de conectividade, os mercados em desenvolvimento ainda estão distantes das nações desenvolvidas. Em primeiro lugar, isolado, aparecem os EUA, seguido da Suécia, Singapura, Suíça e Reino Unido, grupo conhecido como "líderes". Nos últimos lugares ficaram Gana, Paquistão e Bangladesh.

Entre os países em desenvolvimento, o Brasil ocupa a oitava posição no índice que mede a penetração de banda larga móvel, liderando o grupo. Segundo o estudo, a expectativa é que o país avance nos próximos anos por conta do Plano Nacional de Banda Larga. No entanto, quando se trata de banda larga móvel, o país fica em uma das ultimas posições, ocupando o 39º lugar.

O Global Conectivity Index (GCI) avalia a oferta e qualidade das seguintes tecnologias: computação em nuvem, internet das coisas, banda larga e datacenters. "É necessário estimular o investimento na construção de uma infraestrutura de TIC, o que consequentemente irá promover avanços socioeconômicos", disse Júlio Sgarbi, consultor sênior da Huawei do Brasil.

"Percebemos que a migração de indústrias tradicionais para a plataforma em nuvem ainda é embrionária no Brasil", explica. A pesquisa aponta ainda que existe uma relação clara entre o investimento em TIC e o PIB. Segundo o estudo, o investimento de 20% nessas tecnologias representa um incremento de 1% no PIB de um país.