9 doenças causadas pelas novas tecnologias

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/10/2015 às 16:46

Foto: Reprodução/ciencia-online.net. Foto: Reprodução/ciencia-online.net.

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O uso de redes sociais e internet em dispositivos móveis já é parte indissociável no cotidiano do trabalho. Mas o uso exagerado tem causado prejuízos à saúde dos usuários, como mostram novas pesquisas médicas. Essas desordens foram causadas por novos hábitos e, por isso, as pesquisas sobre causas e tratamento ainda estão bem no início.

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O projeto #10Horas, do NE10, selecionou alguns problemas relacionados à tecnologia para o usuário ficar ligado.

SÍNDROME DO TOQUE FANTASMA

Uma das doenças mais bizarras causadas pelo consumo excessivo do smartphone é o sentir o dispositivo no bolso quando ele estava no silencioso. Ou pior: ele não estava lá em nenhum momento. Um dos primeiros a tratar do assunto foi Dr. Larry Rosen, autor do livro iDisorder. Ele mostra que 70% de usuários frequentes (os heavy users) já sentiram o aparelho vibrar ou tocar mesmo sem ter recebido notificações ou ligações. Rosen explica que essa síndrome pode ser piorada no futuro com a chegada dos dispositivos vestíveis como o Google Glass.

NOMOFOBIA

Essa fobia moderna designa a ansiedade que algumas pessoas têm quando estão longe de seus smartphones. Também pode estar relacionada ao fato de o dispositivo ter descarregado a bateria. Seu nome é uma abreviação de "no-mobile (sem celular) e foi cunhado pela primeira vez em 2008 em um artigo do UK Post Office. Os fóbicos dessa doença ficam com problemas de interação social, dificuldade em se comunicarem em público, entre outros transtornos. Além disso vivem o medo de não precisarem do celular o tempo inteiro.

Foto: Wikimedia Commons. Foto: Wikimedia Commons.

TELEPHONOFOBIA E CYBERFOBIA

Essas duas doenças designam, respectivamente, pessoas com aversão a telefones e tecnologia em geral. A primeira não é um medo de telefones em si, mas do fato de receber ligações. A pessoa pode sofrer ataques de pânico e desmaios pela intimidação que sente de ver uma ligação chamando. Já os cyberfóbicos são aqueles que possuem ansiedade e temor de usar computadores.

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SELFIEFOBIA

Ainda que ainda não seja considerada uma fobia patológica, o medo de ver e fazer selfies tem sido cada vez mais relatado por médicos, como mostra esse artigo da NPR.

NÁUSEA CIBERNÉTICA (OU DIGITAL)

A cybersickness é o fato de muitas pessoas ficarem nauseadas em determinados ambientes virtuais. Muitas pessoas vomitam ou desmaiam quando precisam interagir com sistemas operacionais no celular ou computador. A doença vem sendo estudada desde o final dos anos 1990, antes do advento dos smartphones e vem sendo considerada relativamente recorrente nos dias de hoje. Este artigo de Joseph La Viola é um dos mais citados sobre esse assunto.

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DEPRESSÃO DE FACEBOOK

Você já se sentiu péssimo após passar algumas horas no Facebook? Saiba que não é o único. Estudos iniciados em 2013 levaram à conclusão de que esse sentimento tem origens neurológicas. A doença atinge com mais frequência estudantes universitários e crianças. Um estudo clínico do Jornal Acadêmico de Pediatria dos EUA mostrou os impactos da doença nas crianças.

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PROBLEMAS DE COLUNA

Ao usar o smartphone em um ângulo de 60 graus, ou seja, a grande maioria de nós, colocamos um peso de 27 quilos em nosso pescoço. Segundo um estudo recente da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA, nossa coluna cervical aguenta no máximo seis quilos. Quanto mais nos inclinamos para olhar o aparelho, mais força aplicamos sobre nossa colunas.

Foto: Paulo Floro/NE10. Foto: Paulo Floro/NE10.

PERDA AUDITIVA

Os fones de ouvido estão cada vez mais sofisticados no que diz respeito à fidelidade sonora e a potência do som. No entanto, o uso do volume alto está causando perda auditiva em algumas pessoas. O problema é tão sério que fez com que a Organização Mundial de Saúde emitisse um alerta este ano. Segundo a OMS cerca de 1 bilhão de jovens podem perder a audição por causa do uso inseguro dos fones. O estudo da organização mostrou que metade dos jovens do mundo escutam volumes prejudiciais à saúde. Seremos uma geração de idosos com mais problemas de audição do que nossos avós.