Fotos incríveis da Superlua de sangue nos céus pelo mundo

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 28/09/2015 às 10:14

A Lua em Washington. (DIvulgação). A Lua em Washington. (DIvulgação).

Das Américas à Índia, passando por Europa e África, milhares de curiosos se deleitaram na madrugada desta segunda-feira com o espetáculo da "Superlua de sangue", fruto de um eclipse total que tingiu de vermelho o satélite.

Durante pouco mais de uma hora, a partir das 02h11 GMT (23h11 de Brasília), desfrutaram do espetáculo excepcional de uma lua especialmente volumosa e brilhante tingida de vermelho sangue. O espetáculo foi visível das Américas, Europa, África, Ásia ocidental e do Pacífico oriental.

https://twitter.com/NASA/status/648300091250483200

A "Superlua de sangue" foi fruto da conjunção incomum de dois fenômenos astronômicos, que não se repetirá até 2033.

Nas primeiras horas desta segunda-feira, a lua se encontrou em seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra. Sua luminosidade era, por isso, 30% maior, e era vista 14% maior. Além disso, a Terra ficou perfeitamente alinhada com a lua e o Sol, o que privou o satélite da luz que recebe do astro rei e que lhe dá sua habitual cor branca.

O eclipse visto no capitólio nos EUA. (AFP). O eclipse visto no capitólio nos EUA. (AFP).

No entanto, alguns raios, desviados pela atmosfera da Terra, seguiram iluminando a lua, produzindo sobre ela uma curiosa luz vermelha. Em imagens feitas de Colômbia, Argentina, França e Estados Unidos, é possível ver a progressão do eclipse lunar, que terminou tingindo o satélite de vermelho sangue.

No Brooklyn, Nova York, uma multidão se concentrou em praças e calçadas com os olhos para o céu, para tentar captar o espetáculo com seus smartphones. Os nova-iorquinos desfrutaram de um céu claro, mas em outras cidades dos Estados Unidos, como Washington, as nuvens atrapalharam o espetáculo.

O fenômeno não foi visível em nenhuma das grandes cidades da Índia, embora no nordeste do país os fãs da astronomia, equipados com telescópios, tenham conseguido aproveitar o espetáculo. O vermelho sangue do astro lunar inclusive provocou temores da chegada do Apocalipse entre alguns adeptos da igreja mórmon, o que a obrigou a publicar um comunicado para tranquilizar seus fiéis.

Para as pessoas com menos de 33 anos foi a primeira chance de ver uma "Superlua de sangue". A última combinação de eclipse lunar e de uma super lua remonta a 1982, segundo a Nasa, e a próxima só ocorrerá em 2033.

O acontecimento também tem seu interesse científico. Em tempo normal, em um ciclo de 24 dias, a temperatura da lua oscila entre +121 graus celsius e -115 graus celsius, dependendo de sua exposição ao sol. Estas variações permitem aos pesquisadores estudar a composição do córtex lunar, já que as rochas esquentam e esfriam mais lentamente que as zonas cobertas de poeira.

No entanto, na madrugada desta segunda-feira a temperatura da lua evoluiu muito mais rápido, o que permitiu aos cientistas fazer observações mais detalhadas da superfície lunar.

A lua nos céus de Nova York. (Divulgação). A lua nos céus de Nova York. (Divulgação).

Lua vista na cidade de Douniamag, na Bielorrússia. (AFP). Lua vista na cidade de Douniamag, na Bielorrússia. (AFP).

Lua sangrenta na Bélgica. (AFP). Lua sangrenta na Bélgica. (AFP).

Na Turquia. Foto: AFP. Na Turquia. Foto: AFP.