Antes da Apple Pencil: Steve Jobs condenou as canetas stylus em 2007

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 10/09/2015 às 10:57

Foto: Divulgação. Foto: Reprodução.

"Qual pessoa quer usar uma stylus?". Foi assim, com um tom entre o deboche e a provocação, que Steve Jobs apresentou o iPhone em 2007. Naquela época, o CEO da Apple, dito profeta-mor da tecnologia mobile, trazia um novo conceito em smartphones. Eles seriam mais simples, intuitivos e precisariam nada mais do que toques com os dedos para serem manuseados.

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Eis que, menos de dez anos depois, seus sucessores retomam a malfadada caneta stylus no iPad Pro. O acessório será vendido separadamente para ser usado com o novo tablet. Chamada de Apple Pencil, custará 100 dólares.

A nova Apple Pencil. (Divulgação). A nova Apple Pencil. (Divulgação).

Steve Jobs não ficaria nada feliz se estivesse vivo. Ainda que a caneta funcione bem e tenha muito sentido em um tablet de 12,9 polegadas, sua existência vai de encontro aos conceitos propagados por Jobs.

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Em 2007, o então CEO praticamente sepultou todos os palmtops e celulares que usavam a canetinha. "Você tem que pegá-las, guardá-las e acaba perdendo. Eca! Ninguém quer usar uma stylus. Então não vamos usar uma", disse Jobs na apresentação.

O iPhone, como sabemos, tornou-se padrão de qualidade no mercado ao introduzir os toques multi-touch. É bem curioso como a Apple de hoje esteja "reinventando" tecnologias do passado. Além da caneta, a empresa também apresentou um teclado para o iPad. Exatamente como fez a Microsoft com o Surface Pro.

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