Hackers ameaçam divulgar dados do maior site de encontros extraconjugais do mundo

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 20/07/2015 às 11:10

Foto: AFP. Foto: AFP.

Hackers roubaram todo o banco de dados do Ashley Madison, o maior site de encontros extraconjugais do mundo. Entre as informações obtidas estão registros financeiros e detalhes de perfil dos 37 milhões de usuários.

A notícia foi revelada pelo especialista em segurança Brian Krebs, que postou o alerta do ataque neste domingo (19). Mais tarde, Noel Biderman, CEO da Avid Life Media, que controla o Ashely Madison confirmou a invasão. A Avid ainda mantém outras duas páginas de encontros, o Cougar Life e o Established Men.

Os hackers do "Impact Team" ameaçam vazar "todos os dados dos clientes", incluindo perfis com fantasias sexuais, nomes e e-mails, bem como dados dos empregados da página". Eles no entanto desistirão de revelar essas informações caso todos os sites da Avid sejam retirados do ar.

As motivações do Impact Team foram morais, ao que parece.Eles postaram um texto no momento da invasão na página inicial do Ashley Madison. Criticaram as pessoas que usam o serviço e condenaram o modelo de negócio da Avid.

Fundada em 2001, o Ashley Madison promove relações extraconjugais de pessoas casadas. O usuário cria um perfil e entra em contato com pessoas que também estão interessadas em pular a cerca. O site chegou ao Brasil em 2011. "A vida é curta. Tenha um caso", diz o slogan.

O site possui um serviço onde é possível apagar todos os registros, como conversas, perfil, fotos, etc, mediante o pagamento de 19 dólares. Mas os hackers do Full Impact diz que tudo não passava de enganação.

A mensagem hacker. (Divulgação). A mensagem hacker. (Divulgação).

O Full Impact também criticou veementemente o Established Men, um site ainda mais controverso da Avid. Nele, "belas mulheres se conectam a homens ricos e bem-sucedidos". Os hackers classificaram a página como "um site de prostituição e tráfico humano no qual homens ricos pagam por sexo".

A Avid Life Media divulgou um comunicado e disse que não teve culpa pelo ocorrido. O CEO do grupo disse que "estão trabalhando ativamente e fervorosamente" para evitar que os dados pessoais dos usuários sejam divulgados.