Android: mais de 440 mil novos malwares foram descobertos em 2015

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 08/07/2015 às 10:20

Foto: Reprodução. Foto: Reprodução.

Mais de 440 mil novos programas malware (maliciosos) para Android foram descobertos no primeiro trimestre de 2015, 21% a mais que em 2014, com cerca de 5 mil novas amostras de malware detectadas diariamente, segundo dados divulgados hoje (7) no último relatório trimestral sobre segurança na Internet do G Data Software AG, no qual incluem ainda as possíveis tendências para o resto do ano.

Em média, é registrado pelos especialistas um novo código malicioso a cada 18 segundos, sendo que mais de metade estão projetados para roubar dinheiro. Os cibercriminosos estão adaptando as suas ameaças a uma nova era de compras e operações financeiras, feitas a partir de dispositivos móveis, noticia a agência espanhola EFE.

Os cibercriminosos aproveitam ainda as subscrições online a serviços de chamadas ou SMS Premium para fazerem chantagens por meio de ransomware, um tipo de malware que restringe o acesso ao sistema infectado e que cobra um valor de “resgate” para que esse acesso possa ser restabelecido, e para interceptarem dados durante processos de transferência de dinheiro.

O G Data prevê, para o resto deste ano, que o número de novas ameaças “crescerá significativamente”.

Segundo o relatório, a indústria do cibercrime pretende colocar em circulação malware especificamente projetado para atacar o Android, devido ao seu crescimento exponencial e à sua consolidação como sistema operacional predominante.

Com o fenômeno crescente de conexão entre tudo, qualquer dispositivo inteligente estará suscetível de ser atacado, sejam carros, aparelhos de ar condicionado, refrigeradores, relógios ou outros. Os investigadores deparam-se todos os dias com mais falhas de segurança nestes novos aparelhos e equipamentos conectados. Em muitos casos, estes dispositivos são controlados com smartphones e tablets e, além de serem vítimas de ataques, também são suscetíveis de ser utilizados como vetor de infeção desses outros dispositivos hiper conectados, segundo os especialistas. [Da Agência Lusa]