Escola no Recife completa 10 anos com ensino médio integrado a games e TI

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 06/04/2015 às 16:21

Foto: Divulgação. Foto: Divulgação.

Há 10 anos, uma escola do Recife se dedica a ensinar tecnologia da informação e audiovisual integrado às disciplinas do ensino médio. É a proposta da Escola Técnica Estadual Cícero Dias, em Boa Viagem, que comemora primeira década de sucesso em preparar alunos para o mercado tecnológico-digital de Pernambuco.

Fruto de uma parceria da Oi Futuro, Cesar (Centro de Estudos Avançados do Recife) e Governo do Estado, a Nave - Núcleo Avançado em Educação é um projeto inovador no ensino no Brasil. Recentemente, a instituição também fechou parceria com a Microsoft com o recebimento do título de "escola mentora". O objetivo foi formar alunos para atuar na área de games, conteúdos digitais e aplicativos. A grade traz matérias do ensino médio e atividades profissionalizantes. Ao final do curso, o aluno participa de um "meeting", onde apresentam seus projetos de aplicativos e outros produtos digitais a empresas.

Escola tem ensino integral. (Divulgação). Escola tem ensino integral. (Divulgação).

A escola, localizada em Boa Viagem, traz laboratórios de audiovisual e salas de ensino de programação. O projeto deu certo e ganhou uma segunda unidade no Rio de Janeiro. A formação dura três anos e conta atualmente com 900 estudantes e 100 educadores nos dois centros.

No Recife, até o ano de 2014, foram 1.715 alunos formados.

A ideia do Nave nasceu junto com a consolidação do Recife como um dos polos de inovação tecnológica no Brasil, sobretudo com a criação do Porto Digital. "Nosso objetivo é abrir possibilidades e oportunidades para esses jovens e apresentar às empresas uma nova geração de profissionais que podem contribuir para o desenvolvimento da área", disse Fábio Campos, gestor de Educação do Oi Futuro. "Queremos agora mostrar que nossa experiência aqui pode ser aplicada em outras unidades de ensino, que tem escalabilidade", disse.

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O Nave também comemora o bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). "Isso comprovou que é possível aliar uma ensino inovador com uso da tecnologia e audiovisual e ainda obter boas notas para o Enem e o ingresso na universidade".

Um dos casos mais interessantes é do Studio Fortim, empresa dedicada a usar o design como forma de diminuir a desigualdade social. A equipe se dedica a projetos em comunidades. Philipe Camarão, um dos sócios, que também foi aluno do Oi Kabum no Recife, reconhece a importância de iniciativas de inclusão da comunidade no uso da tecnologia. "Nosso desafio é criar soluções para comunidades em geral negligenciadas do processo de inovação e no uso do design", conta. Porto Digital, 6D, Joy Street, Escribo, Pitang e Thoughtworks também estiveram presentes este ano.

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