Nintendo encerra operações no Brasil alegando altos impostos

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 09/01/2015 às 12:16

Foto: Reprodução/Nintendo. Foto: Reprodução/Nintendo.

A partir deste mês, a Nintendo não tem mais representação no Brasil para jogos e consoles.

A Gaming do Brasil, a empresa subsidiária da Juegos de Video LatinoAmérica, decidiu não mais distribuir os produtos da Nintendo alegando, sobretudo, altos impostos.

"O Brasil é um mercado importante para a Nintendo e lar de muitos fãs apaixonados mas, infelizmente, desafios no ambiente local de negócios fizeram nosso modelo de distribuição atual no país insustentável”, disse Bill van Zyll, Diretor e Gerente Geral para América Latina da Nintendo of America.

A empresa admite que pode retomar a distribuição por aqui caso aconteçam modificações no ambiente do setor. "Estes desafios incluem as altas tarifas sobre importação que se aplicam ao nosso setor e a nossa decisão de não ter uma operação de fabricação local. Trabalhando junto com a Juegos de Video Latinoamérica, iremos monitorar a evolução do ambiente de negócios e avaliar a melhor maneira de servir nossos fãs brasileiros no futuro".

A Juegos de Video LatinoAmérica segue sendo a distribuidora da Nintendo na América Latina. "Enquanto nenhuma outra mudança está planejada para outros mercados da região, estamos em uma posição em que precisamos reavaliar nossa abordagem na distribuição no Brasil”, explica Bernard Josephs, CEO da Juegos de Video Latinamérica.

A situação no Brasil da Nintendo já não era boa há algum tempo. A empresa nunca se adaptou às mudanças bancárias para venda de conteúdo online e por isso era impossível comprar na eShop do Nintendo 3DS. Já a loja do Wii U nem mesmo existe.

A saída da Nintendo é ruim para os jogadores, que podem verificar um aumento do preço dos jogos por aqui. Para o mercado nacional, a situação também não é boa já que a região como um todo perde em competitividade. [Com UOL]