Primeira astronauta italiana chegou à ISS e com ela uma mudança gastronômica no espaço

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 24/11/2014 às 10:26

Samantha é a primeira italiana a ir ao espaço. (Foto:ESA). Samantha é a primeira italiana a ir ao espaço. (Foto:ESA).

A nave Soyuz com a primeira astronauta italiana da história, Samantha Cristoforetti, se acoplou com sucesso nesta segunda-feira à Estação Espacial Internacional (ISS), informou a Nasa.

A italiana, que viajou acompanhada de um russo, Anton Shkaplerov, e de um americano, Terry Virts, em uma nave Soyuz TMA 15-M, que decolou em Baikonur às 21H01 GMT (19H01 de Brasília) de domingo, chegou à ISS às 2H49 GMT (0H49 de Brasília) de segunda-feira.

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"Uma nova nave chegou. Está confirmado que a Soyuz está corretamente acoplada à estação", anunciou a Nasa. Cristoforetti, da Agência Espacial Europeia, é a primeira mulher italiana a viajar ao espaço. A astronauta de 37 anos, que também é oficial da Aeronáutica italiana, permanecerá a bordo da ISS até maio de 2015.

Na estação já estavam três astronautas, o americano Barry Wilmore e os russos Alexander Samokutiayev e Elena Serova, que devem retornar em março à Terra.

A equipe das duas expedições no espaço. (Divulgação/NASA). A equipe das duas expedições no espaço. (Divulgação/NASA).

Alta gastronomia no espaço

A viagem representa uma mudança gastronômica na ISS, já que os astronautas transportaram quase meio quilo de caviar, informou Alexander Agureyev, um dos diretores da estação.

A Soyuz transportou 15 latas de 30 gramas de caviar, além de laranjas, limões, tomates, rações de leite liofilizado e chá sem açúcar. De acordo com Agureyev, este foi um pedido dos astronautas para o Ano Novo.

Cristoforetti também levou para a estação uma "ISSpresso", uma máquina de café que pesa 20 quilos. Ao todo, 16 países participam da ISS. Rússia e Estados Unidos financiam a maior parte do projeto. A construção desse laboratório orbital posto em órbita em 1998 custou US$ 100 bilhões. Em janeiro teve sua vida prolongada pela Nasa até 2024.

A Nasa depende da Rússia para enviar astronautas à ISS, o que custa 70 milhões de dólares por passageiro nas naves Soyuz. [Da AFP]