Fernando de Noronha terá tecnologia japonesa para dessalinizar água do mar

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 23/11/2014 às 8:44

Processo ainda ajudará na captação de energia. (Divulgação). Processo ainda ajudará na captação de energia. (Divulgação).

Uma nova tecnologia japonesa poderá ajudar no processo de dessalinização da água do mar realizado hoje pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) no arquipélago de Fernando de Noronha em Pernambuco. Além de gerar líquido próprio para consumo, a técnica ainda possibilitará a geração de energia.

A possibilidade deverá ser estudada pela companhia em parceria com professores da Universidade de Tóquio, no Japão. As soluções utilizadas pelos japoneses para retirar o sal da água e ainda gerar energia foram apresentadas em workshop sobre o Desenvolvimento de Estruturas Oceânicas para Produção de Água e Energia e sobre a Produtividade em Estaleiros.

As soluções para tornar a água do mar própria para o consumo humano foram apresentadas por dois professores da Universidade de Tóquio. A visita a Pernambuco faz parte das missões nipônicas já programadas para desenvolver parcerias de pesquisas na área de água e meio ambiente, que serão objetos de estudo do L'acqua. Além da exposição dos japoneses, os participantes do evento puderam conhecer com mais detalhes como é feita a dessalinização hoje em Pernambuco. A ilha de Fernando de Noronha retira do mar cerca de 60% da água que consome, segundo o diretor comercial da Compesa, Franklin Azoubel.

"É preciso realizar estudos de impacto ambiental e de viabilidade econômica para saber se temos condições de implementar essas tecnologias considerando nossa realidade", pontuou o professor Frederico Nunes. "É certo que, se forem viáveis, precisaríamos captar fontes de financiamento para poder aplicar essas tecnologias em favor da melhoria do processo de dessalinização que já é feito hoje", complementou o diretor Franklin Azoubel.

O L'acqua foi pensado para se tornar um laboratório de referência e será construído pela Compesa e pela UFPE no campus da universidade no Recife. A expectativa é que ele seja um ambiente de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias que favoreçam a melhoria dos serviços prestados pela companhia à população.