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A operadora Oi pode comprar a TIM. A empresa informou na noite da terça (26) que contratou o BTG Pactual para viabilizar uma oferta pela TIM Participações, unidade brasileira do grupo italiano Telecom Italia.
A Oi revelou que o banco estará "agindo em seu próprio nome e por conta e ordem da Oi, desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação detida indiretamente pela Telecom Italia na TIM Participações". A notícia movimentou o mercado financeiro e fez as ações da TIM subirem.
A notícia é uma amostra de como o mercado de telecom no Brasil está movimentado. Com tantas movimentações de grupos atuantes no Brasil, o futuro será diferente do que os usuários conhecem e estão acostumados atualmente.
A notícia foi bem recebida pelo mercado de ações da Itália. Para os investidores, o desdobramento aparentemente pode ser uma solução melhor do que a fusão da Telecom Italia com a GVT. A Kepler Cheuvreux disse que vender uma fatia para a Oi deve aumentar o valor da Telecom Italia. Contudo a corretora afirmou que a gestão da companhia italiana parece apoiar a opção pela GVT, que será discutida em uma reunião de diretoria hoje. Às 8h45 (de Brasília), as ações da Telecom Itália subiam 3,23% em Milão, as da Telefónica ganhavam 0,29% em Madri e os papéis da Portugal Telecom avançavam 5,61% em Lisboa.
O contrato da Oi com o BTG é a mais recente novidade na batalha pela consolidação no setor de telecomunicações do Brasil, que começou na Europa, quando a espanhola Telefónica quis elevar fatia no controle da Telecom Itália. O Cade decidiu que a compra de uma participação majoritária na Telecom Italia pela Telefónica criaria um conflito de interesses no Brasil, onde as empresas europeias de telefonia são proprietárias das duas maiores operadoras de telefonia em participação de mercado do Brasil. A Telefônica Brasil tem participação de mercado de 29%, enquanto a TIM tem 27%.
O órgão regulador brasileiro disse que Telecom Italia deve vender a sua participação na TIM ou a Telefónica deve se desfazer de sua participação na Telecom Itália. A situação está se movendo rápido, com uma série de opções em jogo, a maioria delas centrada em torno da TIM e da GVT. [Com Agência Estado]
