Site trabalha desmentindo boatos que se espalham nas redes sociais

Romeu Leite Coutinho
Romeu Leite Coutinho
Publicado em 03/08/2014 às 16:30

(Foto: Reprodução/Facebook) (Foto: Reprodução/Facebook)

Na realidade, a barragem de Tapacurá nunca estourou. Mas, na memória do recifense, já foram dois estouros. O que os dois têm em comum? Ambos foram boatos. Da segunda vez que se espalhou, inclusive, a falsa notícia teve um grande apoio da internet e das redes sociais para se alastrar, causando um verdadeiro estado de pânico na população.

O caso de Tapacurá ilustra situações em que uma falsa notícia é tomada como verdade pela população. Algumas vezes, a própria imprensa é a responsável pela disseminação destes boatos. Com o Boatos.org (2013), o objetivo do jornalista Edgard Matsuki é, justamente, desmentir estas notícias.

A página mostra várias matérias, de veículos de comunicação do país, que são falsas. Em entrevista ao Portal Imprensa, Edgard disse que, como jornalista, sentia a necessidade de um espaço que explicasse o volume das informações na internet. Para ele, a ânsia pela informação rápida vem dominando as redações.

“A primeira consequência é mais volume de informação, mais cópia e menos apuração. A segunda são os boatos e as barrigas”, revelou ao Portal de Imprensa. Para realizar seu trabalho, Matsuki reuniu um grupo de estudantes e recém-formados em jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ao total, a equipe é formada por oito profissionais.

O jornalista acredita que o Google possa ajudar bastante no processo de apuração dos jornalistas. Estão previstas modificações para o Boatos.org, como parceiras na mídia e vídeos produzidos pelo portal. “Por enquanto, estamos apenas na fase de negociações. Mas não há previsão para as implementações”, afirmou ao Portal Imprensa. [Com Portal Imprensa]