(Foto: Mayra Cavalcanti)
A primeira noite da Campus Party Recife (CPRecife3), que acontece no pavilhão do Centro de Convenções, em Olinda, foi dividida entre a cerimônia da abertura e a palestra magistral de Daniel Matros, produtor da franquia BattleField, da Electronic Arts.
O momento lotou o palco principal do evento, que se levantou para dar uma salva de palmas ao escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, que morreu no fim da tarde de hoje em decorrência de um AVC hemorrágico.
(Foto: Mayra Cavalcanti)
Participaram da abertura representantes da prefeitura do Recife, do Governo do Estado e da Telefónica Vivo, patrocinadores do evento. De acordo com Antônio Carlos Valente, presidente da Telefonica Brasil, a CPRecife3 será palco de dois hackathons, sendo um deles sobre internet das coisas e o outro, em segurança de rede.
“No início a gente pensava a Campus Party como um evento para reunir nerds, mas depois percebemos que nossos jovens são pessoas de grande valor e que podem se transformar em empreendedores”, declarou.
Durante a esperada palestra de Daniel Matros, o produtor falou do processo de produção e criação de games. Para ele, uma pessoa que pretende se tornar um game designer precisa de duas coisas: ideias e coragem para coloca-las em prática.
“Eu comecei a jogar vídeo game quando tinha seis anos e acho que isso fez com que eu aprendesse muitas coisas da vida e também dos games”, disse. Além disso, Daniel enfatizou que uma pessoa que deseja produzir um jogo precisa ter em mente que o seu game tem que interessar às pessoas e fazer com que elas se identifiquem com ele.
(Foto: Mayra Cavalcanti)
“Quando você quer se tornar um produtor de jogos, não pode ignorar os conhecimentos que você adquire ao longo do caminho, jogando os jogos, mas também participando de fóruns”, aconselhou. Durante a palestra, Daniel fez questão de citar vários jogos famosos como The Sims, League of Legends, o próprio Battlefield, Super Mario World, FIFA dentro outros exemplos.
Ao final, Matros foi perguntado sobre o mercado de produção de games, sobre a qualidade dos gráficos dos jogos e também deu conselhos para os campuseiros. “Apesar de clichê, a melhor coisa que posso dizer a vocês é que acreditem em si mesmos”, finalizou Matros.
A Campus Party está apenas começando. São mais de 300 horas de conteúdo, que serão ministrados para quatro mil campuseiros, até o próximo domingo.
