WhatsApp foi palco de memes e boatos durante a greve da PM

Letícia Saturnino
Letícia Saturnino
Publicado em 16/05/2014 às 17:13 | Atualizado em 03/04/2023 às 10:11

Foto: Reprodução/Twitter. Foto: Reprodução/Twitter.

Com a popularização do Whatsapp no Brasil, começamos a enxergar um novo fenômeno: o aplicativo passou a ser o veículo primordial para receber informações sobre assuntos que mobilizam grande número de pessoas em um determinado momento. Como funcionam em um ambiente mais particular que o excesso de informação do Facebook, o WhatsApp passa agora a ser o celeiro de memes e outras tendências que começam nesse boca a boca virtual e só depois ganha outras distribuições online - Facebook, Twitter, blogs, etc.

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No terceiro dia da grave da Polícia Militar em Pernambuco, o WhatsApp serviu principalmente para a divulgação de dois tipos de informação: áudios e vídeos que faziam piadas com os saques e violência ocasionados pela paralisação e mensagens multimídia que apontavam para supostas ocorrências criminosas.

O primeiro se aproveita de características do Recife, como a velocidade prolifer boatos, (vide Tapacurá) para fazer humor. Houve também um remix pegando carona na cultura pop, como o vídeo que mostrava a cidade como um cenário do seriado "Walking Dead".

Já a divulgação de supostas ocorrências pelo WhatsApp acabaram servindo para aumentar a sensação de histeria. Ao longo do dia foram diversas informações incorretas, como assaltos em restaurantes da Zona Sul, incêndios e arrombamentos. Diversas fotos eram antigas. Outras, fora do contexto original, pareciam resultado da violência das ruas. Esse tipo de comportamento de nós, usuários das redes sociais, talvez mereça uma análise mais distanciada. Mas agora, no meio dos acontecimemntos, vale o registro.